pombo

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Em Paz






Tanto roguei a paz consoladora
Durante os meus amargos sofrimentos, 
Elevando a Jesus meus pensamentos, 
Que recebi a paz confortadora!

Sentindo-me feliz, ditosa agora,
Nestas paragens de deslumbramentos
Onde terminam todos os sofrimentos
Que inundam de amargor a alma que chora.

Jesus! Doce Jesus meigo e bondoso,
Quanto agradeço a paz que concedestes
Ao meu viver tristonho e doloroso!

E desse lindo oásis encantado,
Canto de lua dos páramos celestes
Bendigo o vosso amor ilimitado!

Auta de Souza


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[NEM TODA ORAÇÃO SERÁ ATENDIDA]






Você pode rezar mil vezes, mil anos, se não for a vontade de Deus ele não vai realizar. 

As pessoas tem uma concepção errada da oração, como se ela fosse uma variante do pensamento positivo, se você rezar muito, força a ação de Deus. 

Jesus sempre ensinou da importância da oração, e ele mesmo era um mestre da oração, mas nunca garantiu que bastava orar para "acontecer". 

Deus não é um universo descerebrado, mágico e mecanicista que basta fazer as "palavras mágicas" com "força suficiente" para acontecer como se vende hoje em dia.

Sim, Moisés fazia Israel vencer Amalec erguendo os braços em oração porque Deus desejava a vitória sobre Amalec com as armas de Josué e a oração de Moisés. 

Sim, Deus não dará uma cobra a quem pede o ovo pela sua vontade, mas pode não querer dar o ovo naquele momento.

Querem um exemplo de oração não atendida? 

No Horto, o próprio Jesus chorou até lágrimas de sangue. Sua oração não foi atendida, mas Deus mandou um anjo para consolar Seu Filho.



É verdade que Jesus rezava corretamente, pedindo, de fato, mas se conformando à vontade do Pai. Mas ainda assim, afastar a Paixão não era a Vontade de Deus.

Orem. Orem muito. Deus não mandará cobras quando pedirem pão. Mas conformem-se à Sua Vontade se Ele julgar que não é o momento de receber o pão. 

E se a Cruz vier inevitavelmente, Ele há de mandar um Anjo Consolador. Se Deus não afasta, em Sua sabedoria, o mal, há de dar os meios para suportá-lo. Coisa ruim da oração não virá.

Orar "com fé" não é fazer uma caricatura de fervor. É saber que Deus ouve, Deus julga e Deus dará o melhor, conformando-se à Sua Vontade.


Frei Clemente Rojão

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terça-feira, 23 de março de 2010

Bicando e bicando até romper a casca do ovo






Agora, há ainda uma coisa que você deve fazer para completar a reconstrução de sua consciência. 

Em lugar de: crítica, sarcasmo, julgamento, rejeição, calúnia, inimizade, intolerância, ódio, ciúmes, agressão, impulsos violentos, roubos, falsidades, relações desonestas e difamação – deve escrever em um papel, se possível em letras douradas, para dar um sentido de beleza e brilho aos atributos – as qualidades brilhantes da Consciência Divina que deseja possuir – e expressar – no futuro.

Para estar em perfeita harmonia com sua “Realidade Divina” – seu “Pai Espiritual” – cada atributo será alicerçado no amor incondicional e promoverá o bem mais elevado de todos. Pois você já não buscará humilhar os outros para sentir-se maior e mais seguro de si mesmo. 

Sua consciência inteira estará voltada para a afirmação dos outros e para a construção de tudo o que estiver ao seu alcance. 

Você buscará nutrir, alimentar, ensinar, proteger, manter e satisfazer as necessidades dos outros e buscará amorosamente estabelecer ordem no caos das ações insensatas.

Tendo escrito suas aspirações douradas na folha de papel, de novo deite-se e recorra a sua “Realidade Divina”, pedindo que os impulsos preciosos – a natureza do Divino - se estendam gradativamente pela sua mente e coração e que se tornem a sua própria consciência. 

Quando isto ocorrer, sua alma será como um pintinho, bicando e bicando até romper a casca do ovo, para sair para o enorme e maravilhoso mundo e reunir-se com a mãe galinha, que espera pacientemente que seu filhinho a encontre. I

sso é o que ocorre comigo e com todas as outras almas Crísticas. 

Nós esperamos, observamos e ajudamos as pessoas que anseiam conhecer a causa do vazio de seu espírito, que dedicam seus corações para transcender as ocupações terrenas, aqueles cujas mentes estão sendo atraídas para propósitos mais elevados na vida e que sonham em entrar em perfeita sintonia com as suas próprias almas e com a FONTE DIVINA DO SER. 

Ansiamos amorosamente por estes viajantes espirituais, mais do que eles próprios possam suspeitar. Isso significa que esperamos amorosamente por você, que está lendo esta Carta.

Quando você estiver novamente reunido com a Fonte de seu Ser, terá alcançado seus verdadeiros propósitos na Terra. Terá cumprido sua verdadeira missão na eternidade. E então – deixe sua VIDA REAL começar! Você terá entrado no Reino dos Céus!


Cristo, Carta 6


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sexta-feira, 12 de março de 2010

Jesus - O retorno do deserto






Quando saí do deserto e pus o pé na estrada em direção a minha aldeia de Nazaré, ainda estava exultante, exuberantemente feliz com o conhecimento tão gloriosamente revelado a mim no deserto.

Fixei completamente meus pensamentos em tudo o que havia aprendido e, se meus pensamentos se perdiam nas minhas antigas formas negativas de pensar, rapidamente me voltava para o "Pai" para receber inspiração e determinação para superá-los.

Desta forma, eu voltava constantemente à Luz da consciência e do entendimento.

Algumas pessoas me olhavam com desconfiança, vendo minha alegria e também minha aparência suja e descuidada.

Será que eu estava bêbado? - perguntavam-se. Outros me olhavam com aversão.

Ao invés de reagir com raiva, como fazia no passado, eu lembrava que havia sido abençoado com visões e conhecimento que eles não podiam nem imaginar.

Abençoei-os, rezei para que sua visão interior se abrisse de maneira semelhante e continuei em paz o caminho até minha casa.

Entretanto, alguns aldeões olharam com compaixão para meu lamentável aspecto e correram para suas casas para buscar-me pão e mesmo vinho, para ajudar-me a continuar o caminho.

Havia sempre alguém que me oferecia abrigo para a noite. O "Pai Vida" de fato supriu todas as minhas necessidades e me deu toda a proteção necessária.

Durante todo esse tempo, eu não disse nem uma palavra a respeito das minhas semanas no deserto.

Sentia que ainda não era o momento. Por fim cheguei a minha aldeia, Nazaré, e o povo caçoou abertamente de mim, apontando meu aspecto imundo e minha roupa rasgada. "Vagabundo, preguiçoso, sujo" foram algumas das palavras mais amáveis que me lançaram.

Cheguei à porta de minha mãe com um sentimento de pavor, pois eu sabia que ela ficaria mais chocada do que seus vizinhos ao me ver diante dela: magro, mostrando os ossos sob a pele, os olhos fundos, as bochechas vazias, a face queimada, os lábios rachados do sol, a barba longa e embaraçada.

E a roupa! Ficaria furiosa ao ver minha roupa - sua cor original totalmente irreconhecível pelo pó do deserto e o tecido desfeito e rasgado.

Subi os degraus e preparei-me para aguentar a fúria de minha mãe.

Quando chamei, minha irmã veio à porta. Olhou-me boquiaberta, assustada e com os olhos arregalados e bateu-me a porta na cara.

Ouvi-a correr para os fundos da casa, gritando:
- Mãe, venha depressa, há um homem velho e sujo na porta.

Escutei minha mãe resmungando irritada para si mesma, enquanto corria para a porta.

Abriu-a de repente e ficou paralisada pelo choque.

Eu sorri por um momento,' ela olhou-me de cima a baixo cada vez mais horrorizada ao dar-se conta de que este homem de terrível aspecto era de fato seu filho rebelde, Jesus.

Estendi minha mão para ela, dizendo:
- Sei que causo pena a você, mas pode ajudar-me?

Imediatamente sua expressão mudou e, levando-me para dentro, trancou a porta.

- Depressa, - disse para minha irmã assustada. Deixa de escândalo e põe água para ferver. Seu irmão está morto de fome. Não importa em que confusão se meteu, ele é da família. Temos que cuidar dele.

Suavemente me ajudou a tirar a roupa, inclinou-me sobre um grande recipiente de água e esfregou-me até ficar limpo. Lavou-me, cortou meu cabelo e barba e cuidadosamente cobriu as feridas do meu corpo e lábios com uma pomada cicatrizante.

Nenhum de nós quebrou o silêncio. Saboreei o amor que ela me demonstrou e tentei demonstrar minha gratidão com uma atitude mais doce e sensível.

Depois de vestir-me uma túnica limpa, ela serviu-me uma refeição frugal de pão, leite e mel.

Relutante, deu-me vinho para recuperar as forças, embora estivesse claro que ela pensava que era o vinho a grande causa de minha terrível situação. Então conduziu-me até a cama e cobriu-me.

Dormi por várias horas e acordei revigorado pela luminosa manhã de sol que se via pela janela.

Eu agora estava ansioso para falar com minha mãe e dizer-lhe que eu era de fato um Messias, mas não daquele tipo que imaginava o povo Judeu.

Eu podia salvar as pessoas das más consequêncías de seus "pecados".

Podia ajudá-las a encontrar saúde, abundância, a satisfação de suas necessidades, porque agora podia ensiná-las exatamente como havia sido criado o mundo.

Assim que comecei a falar, ela começou a ficar encantada e animada.

Pulou de pé e quis sair correndo para contar aos vizinhos que seu filho era realmente o Messias - deveriam ouvir a maneira como ele falava - e ele havia jejuado no deserto!

Mas eu a impedi de fazer isso. Eu disse que ainda não havia contado a ela o que me fora revelado.

Uma das coisas mais importantes que havia aprendido era que os Judeus Ortodoxos estavam completamente equivocados a respeito de suas crenças num "Deus" vingativo. Não havia tal coisa!

Isto a deixou contrariada e desconcertada, então exclamou:
Como, então, Jeová vai governar o mundo e nos tornar bons e nos fazer escutar seus profetas, se não nos castigar?

Agora você ficou tão importante que pode ensinar aos Sumos Sacerdotes o seu próprio trabalho, que foi transmitido a eles desde o tempo de Moisés?

Vai trazer ainda mais vergonha para esta casa?

Ela começou a chorar e disse com raiva: Você em nada mudou! Somente mudaram as coisas que diz. Você só me trouxe dor!

Como pude acreditar que você seria um Messias?
Com suas ideias estranhas só levará nosso povo a maior tormento do que nunca!

Meus irmãos a ouviram em prantos e vieram correndo, querendo colocar-me para fora de casa. Ofereci sair pacificamente, porque não queria mais alvoroço.

Se essa era a forma de minha mãe reagir, eu poderia estar certo de que os demais também reagiriam da mesma forma ao que eu tinha para dizer.

Percebi que precisava de paz de espírito, descanso absoluto e silêncio para colocar em ordem meus pensamentos e experiências.

Teria que rezar e pedir inspiração para saber a melhor maneira de abordar os Judeus com minha mensagem de "boas-novas".

Estava certo de que o "Pai Vida" atenderia a minha necessidade e que eu encontraria a acomodação mais conveniente em algum lugar.

Minha mãe, embora furiosa com minha atitude de "grande cabeça-dura", estava atormentada por seus sentimentos de amor e compaixão por mim, devido ao estado deplorável em que me encontrava.

Ela rejeitou tudo o que eu parecia representar - a rebeldia, o desprezo pela religião judaica, as atitudes contestadoras em relação à autoridade, meu caráter voluntarioso e arrogante.

Mas ela ainda me amava e estava profundamente preocupada por me ver envolvido em problemas tão grandes quanto jamais havia pensado ser possível.

Ela chamou a atenção de meus-írmãos dizendo que calassem a barulhenta discussão e virou-se para mim:

- Pode ficar aqui até que esteja melhor - disse ela.

- Talvez enquanto estiver por aqui, eu possa trazer bom-senso para você. Posso dizer que se sair às ruas falando da forma como o fez comigo, terminará em uma situação ainda pior do que agora.

Pessoas boas vão cuspir e jogar seu lixo podre sobre você. Você é uma desgraça para esta família.

Apesar de toda a sua raiva, ri e agradeci, beijando-a calorosamente. Fiquei contente, sabendo muito bem que, por trás de toda essa raiva, ela estava profundamente preocupada comigo.

Alimentou-me bem e confeccionou-me boas roupas novas.

Agradeci por tudo o que ela fez para melhorar minha aparência, porque sabia que para mover-me livremente entre os ricos e pobres deveria estar com roupas decentes e adequadas.

Às vezes havia escassez de alimentos em casa. Recorrendo ao poder do "Pai", eu a reabastecia sem dizer nada. Ela também não disse nada.

Eu sabia que ela se perguntava, com tristeza, se além de todos os meus péssimos hábitos eu agora também era ladrão.

Então me pegou com um pão recém-saído do forno nas mãos. Ela sabia que eu não havia saído de casa para comprá-lo e também que o forno não havia sido usado naquele dia. Não me disse nada, mas me olhou de forma reflexiva.

Eu pude ver então as suas atitudes mudarem. Ela já não estava mais tão certa de si. Ela começava a questionar a sua própria atitude em relação a mim e também a verdade acerca das minhas afirmações:

"O que realmente aconteceu com ele no deserto? Como ele poderia fazer um pão sem usar o fogo, a farinha e o fermento? O que isso significa? É ele o Messias"?

Então meu irmão feriu sua mão. Ele sentiu muita dor quando o ferimento infeccionou. Permitiu-me colocar minhas mãos em sua ferida e fazer uma oração em silêncio.

Eu podia ver que ele sentia o fluxo do "Poder"entrando em sua mão, porque ele me olhou de forma estranha. "A dor foi embora"- disse brevemente. Estava mal-humorado quando se afastou.

E eu sabia que ainda que tivesse sentido alívio da dor, não havia gostado de que eu fosse capaz de ajudá-lo. Senti seu ciúme.

Minha irmã havia queimado sua mão e outro irmão muitas vezes se queixava de fortes dores de cabeça. Fui capaz de curar os dois.

Meus irmãos começaram a caçoar a respeito dos meus "poderes mágicos". Perguntavam-se que mal eu poderia fazer a eles, se me irritassem.

A tensão em casa aumentou e senti a tristeza de minha mãe, que ansiava pela paz no lar. Mas ela viu mudanças em meu comportamento e sentiu-se reconfortada.

Eu estava mais tranquilo, visivelmente controlava minhas prováveis explosões, continha minha energia, refreava minha impaciência e já não discutia mais.

Tornei-me mais atencioso, ouvindo suas queixas de mulher, ajudando-a em casa, consertando os móveis quebrados, caminhando pelas colinas, até fazendas distantes, para encontrar as frutas e verduras que ela queria.

Cheguei a amá-la com ternura e compaixão, como uma mãe deve ser amada.

Um dia ela se aventurou a perguntar-me:

- Você ainda acredita que jeová seja um mito?

- Jó disse que, se Jeová retirasse sua respiração, toda a carne viria abaixo. Este é o "Jeová'' que vi e em quem acredito.

- Ninguém viu a Jeová! - disse ela com firmeza.

- Eu vi Aquele que criou todas as coisas - respondi calmamente. Eu O chamo de "Pai" porque Ele é AMOR PERFEITO; um AMOR mais perfeito que o de uma mãe - acrescentei, sorrindo para ela.

ELE trabalha dentro, através e para toda a SUA criação. É o "Pai" em mim quem tem trazido as coisas de que você necessita em casa e que curou a meus irmãos e irmãs tão rapidamente.

Eu podia ver que ela estava começando a entender um pouco do que eu dizia.

- E o que é o "castigo"?, perguntou-me.

- Não existe "castigo" da forma como o compreendemos. Nascemos para nos comportarmos da forma como o fazemos.

Temos que encontrar uma maneira de superar nossos pensamentos e sentimentos humanos, porque estes nos separam da proteção do "PAI" e nos trazem as doenças e a miséria.

Quando tivermos aprendido a superar o "eu", então entraremos no Reino dos Céus.

Minha mãe afastou-se silenciosa, claramente ponderando sobre o que eu dissera, mas não mais com raiva.

Eu sabia que ela estava meditando sobre minhas afirmações e percebi que eu estava colocando de cabeça para baixo o seu seguro e bem conhecido mundo.

Ela se sentia perdida e insegura sem a sua crença num Jeová ameaçador e terrivelmente vingativo, se a humanidade fosse indisciplinada.

Perguntava-se no que o mundo iria se tornar se dependesse inteiramente dos homens controlarem as suas maldades e a dos outros.

Mesmo os Reis e governantes eram malvados em suas ações. Sem Jeová para reinar e castigar os pecadores, onde iríamos parar?

Enquanto restabelecia minhas forças, estudei as Escrituras cuidadosamente, para que pudesse encontrar-me com os Fariseus e Escribas de forma confiante.

Também era absolutamente necessário que eu soubesse o que havia sido escrito a respeito do Messias porque estava convencido de que eu era "aquele" sobre quem os profetas haviam falado.

Eu poderia verdadeiramente resgatar - salvar - as pessoas da doença, miséria e pobreza, restaurar-Ihes a saúde e a prosperidade, ensinando a verdade a respeito do Reino dos Céus e a Realidade do"Pai".

Quando me senti suficientemente preparado para sair a ensinar e curar, para agradar a minha mãe concordei em ir num sábado na sinagoga de Nazaré e falar para a congregação.

Como era o costume, levantei e me foi entregue o livro de Isaías para ler. Escolhi a passagem que profetizava a vinda do Messias que viria libertar o povo Judeu de todo tipo de escravidão.

"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar as boas-novas aos pobres.

Ele me enviou para anunciar a libertação aos encarcerados e a recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos, para proclamar o ano da graça do Senhor."

Então sentei-me dizendo:
- Hoje, vocês veem esta profecia cumprir-se em mim.

Isto produziu choque e espanto no rosto dos homens, que me olhavam atônitos, mas eu continuei falando, sabendo que o "Pai" me diria o que falar.

As palavras vieram sem hesitação.

Falei de minha experiência no deserto e relatei a visão do bebê crescendo até a idade adulta, sendo envolvido inconscientemente em correntes e ataduras mentais e assim ficando cego e aprisionado na escuridão interior, fechando-se para Deus.

Expliquei que ao fazer isso, eles expunham-se à opressão de conquistadores, escravidão, pobreza e doenças.

Porque Deus é LUZ - eu disse.

E LUZ é a substância de todas as coisas visíveis. E LUZ é o AMOR que faz todas as coisas para que o homem desfrute delas.

Todas as bênçãos de abundância e saúde foram livremente disponibilizadas para aquele que amar a Deus com a mente, o coração e a alma e que viver estritamente segundo as Leis de Deus.

Quando terminei, houve um completo silêncio na sinagoga. Senti que a congregação havia experienciado algo estranho, poderoso e que tinha sido elevada a um plano superior do pensamento.

Desejei que nada interrompesse a tranquilidade transcendente daquele momento.

Em seguida, começaram a sussurrar entre si. Eles se perguntavam quem eu era!

Alguns estavam convencidos de que eu era Jesus, a pessoa cuja família era bem conhecida na aldeia, mas outros não podiam aceitar aquilo, uma vez que eu havia falado como alguém que tinha autoridade.

Infelizmente, senti ressurgir minhas antigas reações para com aqueles homens religiosos. Sabia que tinham me desprezado no passado, de forma que esperava por essa rejeição.

Voltei às antigas atitudes desafiadoras e isso os enfureceu por completo. Pelas minhas próprias reações humanas, atraí o desastre. E este quase aconteceu.

Os mais jovens, instigados pelos mais velhos, correram até mim e me arrastaram para o topo mais alto do penhasco a fim de lançar-me à morte, mas orei ao "Pai" para que me salvasse.

De repente, ficaram tão alterados que mal sabiam o que faziam, se voltaram uns contra os outros, então pude sair do meio deles e escapar. Foi estranho. Eles pareceram não notar a minha saída.

Muito abalado por esta experiência, consegui mandar uma mensagem para minha mãe, dizendo que estava deixando Nazaré, imediatamente, e indo para Cafarnaum, uma agradável cidade junto ao mar da Galileia.

A princípio, pensei em juntar-me a antigos conhecidos, mas senti intuitivamente que isso não seria o correto a fazer. De modo que durante todo o caminho, e ao entrar na cidade, pedi orientação e ajuda ao "Pai" para encontrar acomodações. Eu não tinha dinheiro e não pediria esmola.

Ao caminhar pela rua, uma mulher de meia-idade veio em minha direção. Ela carregava pesados cestos e seu rosto estava triste. Parecia ter chorado.

Num impulso abordei-a perguntando onde poderia encontrar alojamento. Ela disse. brevemente. que normalmente me ofereceria uma cama, mas que estava com seu filho muito doente em casa.

Também disse que tinha ido comprar algumas provisões para alimentar os "consoladores" que haviam se reunido para chorar a morte iminente de seu filho.

Meu coração se afligiu por ela, mas também se alegrou. Prontamente tinha sido dirigido para alguém que eu poderia ajudar.


[CARTAS DE CRISTO - Carta 2]





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quarta-feira, 3 de março de 2010

[ O REINO DOS CÉUS ESTÁ EM CADA UM DE NÓS ]






Vocês não têm que ficar olhando para o céu, porque não é lá onde verão a atividade do “Pai” de forma tão clara que, sem dúvida alguma, reforçará a sua fé. 

É aqui, onde através dos séculos as pessoas têm cometido o grande erro de olhar para os seus sonhos e imaginação, criando por si mesmos um Jeová que não existe. 

Não encontrarão o “Pai” acima de vocês, em algum lugar do céu. O “Pai” não está em nenhum lugar especial, mas em todo lugar ao redor e em tudo...

O “Reino de Deus” está em vocês. Entram no “Reino de Deus” quando percebem plenamente que o “Pai” está o tempo todo ativo em vocês. 

É um estado da mente, de percepção e entendimento de que a Realidade, por trás e dentro de todas as coisas visíveis, é o “Pai”, formoso e perfeito e que todas as coisas que são contrárias à beleza, à harmonia, à saúde e à abundância, são criações do pensamento equivocado do homem.

Eu sofria ao vê-los sofrer, mas não precisam sofrer mais se escutarem o que tenho para dizer. Mas devo avisá-los de que o Caminho que leva ao Reino dos Céus é difícil de seguir e isso quer dizer que – primeiro – terão de lidar com o seu “eu”. 

Por que é que terão que se ocupar do “eu”? Porque é do desejo de proteger e de promover o seu bem-estar pessoal que procedem todos os pensamentos, palavras e atos egoístas.

Provavelmente vocês perguntarão: Por que eu deveria preocupar-me com isso? Se o que diz é verdade, que não há castigo, que “Deus” não vê as faltas – então por que deveríamos estar preocupados com a maneira como nos comportamos?

— Há tanta coisa para ser aprendida aqui que eu mal sei por onde começar. Como já expliquei, vocês extraem sua VIDA do “Pai”. Portanto, extraem sua capacidade de pensar e de amar do “Pai”. 

Como o “Pai Inteligência” é criativo, assim também a consciência de vocês é criativa. Com a sua mente e coração vocês realmente modelam os planos de suas próprias vidas e experiências.

E qual tipo de vida vocês planejam e modelam em suas mentes? Se alguém irrita ou machuca vocês, retaliam de alguma forma; acreditam que se alguém se apropria de seu olho, devem retirar o olho do adversário em troca. 

Acreditam que quem mata deve ser morto como castigo ou compensação. 

Acreditam que quem os rouba deve pagar por isso, que aquele que rouba sua mulher deveria ser apedrejado junto com sua esposa. 

Acreditam que é necessário exigir o pagamento pelo mal que passa por sua vida. Como é da natureza humana ferir os outros e vocês têm sido ensinados a retaliar, suas vidas são um contínuo cenário de guerra. 

Guerra no lar entre maridos e esposas, filhos, vizinhos, entre pessoas públicas e também entre as nações. O “Pai” ignora esta guerra em suas vidas, mas conhece a tensão que surge dela em suas mentes e corpos. 

Mas nada pode fazer – para aliviar esta dor – até que vocês mesmos coloquem um fim a ela. Vocês mesmos devem cessar a luta e viver em paz com suas famílias, seus vizinhos, entre empresários, entre pessoas públicas e entre países.

Só então, o TRABALHO AMOROSO do “Pai” poderá tomar seu lugar em sua mente, coração, corpo e vida. Só então poderão reconhecer e ver o Trabalho Amoroso que está sendo realizado em vocês – e para vocês – pelo “Pai”.

Lembrem-se também da grande LEI: VOCÊS COLHEM EXATAMENTE AQUILO QUE PLANTAM. Não se pode colher figos de amoreiras, nem uvas da árvore de espinhos, ou colher trigo do joio. Pensem nisso e compreendam esta parábola porque isso é muito importante para vocês – não somente nos dias de hoje – mas também em todos os seus dias e anos que virão, mesmo na eternidade.

Assim, se querem mudar suas vidas – mudem seus pensamentos, mudem suas palavras decorrentes desses pensamentos, mudem suas ações decorrentes desses pensamentos.

Aquilo que está em suas mentes criará todas as suas experiências, suas doenças, pobreza, infelicidade e desespero.


Cristo, Carta 2

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