pombo

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domingo, 31 de janeiro de 2010

Vida ou morte






Vida ou morte


Como um canto
Ouço a tua voz a ecoar dentro de mim
Movimento que me arrasta
E me prende inteiramente a Ti.

Como um fogo
Que me invade e faz morrer
O que é velho em mim
Eu me perco em tuas chamas
Que me envolvem lançam-me no amor
Eu vou morrendo para em Ti poder viver.

Dá-me o que Tu queres
Vida ou morte
A felicidade enfim
Desposa em minha carne a Tua Paz
E une-me á Ti.

( AD)

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Eu Te amo, oh meu Deus!






“Oh, meu Jesus, eu envio meu amor e orações até o Santo Tabernáculo onde Tu moras por amor a mim. 

Eu Te amo, oh meu Deus! 

Vem, a mim, meu Senhor! Visita-me com a Tua Graça. 

Vem ao meu coração e purifica-o, santifica-o para que seja Teu.

Senhor, não mereço que entres em minha morada mas diz uma palavra e serei salvo”


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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

[ MEDITAR É SE AUTO- AJUDAR ]






Quando as pessoas se engajam em um caminho espiritual em busca de um “Poder mais alto”, mestres da “autoajuda” ensinam muitas delas a se apegarem em alto grau a pensamentos de ligação magnético-emocional, embora tais mestres não tenham ideia de que suas instruções sirvam para fortalecer o poder do ego. 

Ao aspirante espiritual é ensinado: “se você meditar”, “Deus” ou o “Poder de seu Subconsciente” o ajudará a satisfazer todas as suas necessidades”. “Vou visualizar a casa que quero e sei que a receberei”. “Vou comprar a roupa de que preciso e ter fé que, de algum modo, pagarei as contas”. Eles se concentram em “ter fé” e em conseguir o que necessitam ou querem.

No princípio de sua mudança de consciência e do exercício de sua fé, as pessoas de fato sentem grandes benefícios. As coisas desejadas vêm para suas vidas, elas encontram portas abertas, alcançam sucesso. 

Esse fenômeno revela que os planos materiais de sua consciência estão se espiritualizando e como resultado se produzem melhorias. A vida é menos dura.

Porém suas vidas são destinadas a expressar todos os níveis de sua consciência – mente, emoções e corpo. Quando você dominar os reinos físicos da consciência, sua próxima aventura na espiritualidade estará no reino das emoções. 

Por isso, de repente, no meio de sua prosperidade sopra o vento e cai a chuva sobre sua consciência emocional que era estável até então, criando múltiplas desgraças de toda natureza. Isso pode ser a perda de algum familiar, saúde ou posses, repentinos contratempos de diversos tipos em diferentes áreas de sua vida. É nesses momentos que muitos perdem a fé anterior. “Pensar positivo não funciona!”, eles afirmam.

Não, pensamento positivo por si só não funciona, nem o “poder do seu subconsciente”, uma vez que é somente um aspecto do seu ser espiritual/humano inteiro. 

Quando suas emoções estão perturbadas, você está sendo chamado a examinar sua consciência inteira, suas crenças, seus sentimentos em relação a si mesmo e aos outros, sua fé numa dimensão espiritual – e mesmo o significado da morte e de sua vida futura em uma dimensão mais elevada.

Esse é um tempo muito doloroso na vida das pessoas. Todos estão sujeitos a esse período de perturbação, de uma maneira ou outra.

Este pode ser um tempo de tremendo crescimento interior e de movimento em direção a felicidade, ou um tempo de contínua amargura e ressentimento. 

Este é o momento de despertar plenamente e compreender que o resultado das experiências depende inteiramente de você – não da sorte ou do destino - mas de você, seja trabalhando por si mesmo, seja trabalhando devotada e consistentemente com a Consciência Divina para chegar finalmente ao cume da felicidade.

Esse é também o momento em que a pessoa é desafiada a utilizar sua mente construtivamente, a fim de alcançar revelações e ideais mais elevados com os quais dominará as emoções.

A diferença entre o pensamento reativo – que surge das respostas impulsivas egocêntricas diante de situações incômodas – e o pensamento criativo, inteligente, ponderado, se tornará clara. 

Quando isso ocorrer – e a revelação posta em prática todos os dias – o auto-domínio estará próximo.



Apenas os mestres que podem dirigi-lo através de todos os níveis de auto-entendimento, arrependimento, despertar, mudança de padrões mentais/emocionais, levando-o sempre para cima em direção às frequências vibratórias espirituais superiores, até você alcançar a verdadeira “Compreensão de Deus”, – são os Mestres da Verdade, – aqueles que realmente podem conduzi-lo ao Reino dos Céus.

Se o primeiro nível de desenvolvimento, o de procurar a satisfação material através do pensamento positivo, fosse inteiramente satisfatório para os buscadores e se eles tivessem recebido tudo o que esperavam, então o mundo inteiro estaria hoje convertido à crença do “pensar positivamente”.

Entretanto, esse é o ponto de partida do caminho espiritual da alma que estava em repouso e isso não deve ser rejeitado nem criticado. 

A psique desperta para o fato de que para além da dimensão terrena há uma dimensão espiritual que se denomina “Deus”, “uma pessoa sentada lá em cima” ou “um poder universal” que responde às orações. Lembre-se de que estamos falando sobre “consciência”. 

A psique está se tornando consciente de que há algo mais na vida do que a rotina diária e quer experimentar “o quer que seja isso”, pois a privação em alguma área da existência - saúde, meios financeiros, felicidade, amor etc. – está fazendo com que busque ajuda.

Aqui temos a mesma ligação emocional - magnética em curso: “Eu quero”. Porém, como a psique que está despertando se torna uma observadora do que ocorre na mente e nas emoções, graças ao seu contato purificado com a “CONSCIÊNCIA VIDA”, ela começa a “ver” algumas das atividades magnético-emocionais de “ligação - rejeição” às quais ela se apega. 

Por fim, ela estará suficientemente iluminada para mudar os sentimentos de “posse – repulsão” e rezará pedindo ajuda para superá-los. Geralmente é nesse momento que o Mestre apropriado para essa alma entrará em sua vida. 

Se a alma já percorreu várias vezes o caminho da vida, então será algum Mestre que tenha evoluído suficientemente para guiar a alma buscadora para fora das correntes e da prisão do impulso egocêntrico, em direção à Luz.


Cristo, Carta 8


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[ PORQUE JESUS VEM ATÉ NÓS ]








... toda a minha consciência permanece como puro AMOR incondicional – apesar dos pensamentos ou palavras das pessoas, suas crenças ou não crenças, amor ou ódio, aceitação ou rejeição a mim.



Isso nunca enfraquece ou muda. 



Minhas atitudes são consistentemente aquelas do puro AMOR, CUIDADO e COMPAIXÃO, as quais experimento como um profundo anseio de elevar, curar e fazer prosperar. 



Portanto, é perfeitamente possível para algumas pessoas, se suficientemente sensíveis às frequências vibratórias da consciência, tornarem se conscientes de minha presença, ou do amor, ou de uma força–vital extra, quando estejam em um estado de anseio consciente buscando, rezando para conhecer-me melhor ou para evoluir espiritualmente.



Enquanto falo das frequências inferiores de consciência que causam problemas na Terra, tenha em mente a minha total aceitação compassiva delas, pois não são mais do que uma manifestação dos sofrimentos e lutas dolorosas das pessoas enquanto tentam encontrar o seu caminho em direção a LUZ de sua FONTE do SER. 



Venho até vocês – não para condenar – mas para elevá-los e fortalecê-los.




Trecho da Carta 7



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Cartas de Cristo


Quantas pessoas já se perguntaram quem Jesus realmente era e o que ele ensinava? 

Qual é a verdadeira natureza de Deus? 
Qual o propósito da vida? 
Como viver uma vida digna? 
Estas Cartas vieram para trazer iluminação ao mundo e capacitar a humanidade a construir uma nova consciência durante os próximo…




CARTASDECRISTOBRASIL.COM.BR


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AOS PÉS DE JESUS






"Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado em direção ao céu, é um grito de reconhecimento e de amor no meio da provação como também em meio à alegria; é enfim, algo de grande, de sobrenatural, que me dilata a alma e me une a Jesus"

Santa Terezinha

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"Não é o primeiro lugar, mas o ultimo que busco, em lugar de avançar como o fariseu, repito cheia de confiança a prece do publicano.

Tem misericórdia de mim pecador! Mas, sobretudo imito a Madalena, que em sua audácia se lança aos pés de Jesus!"

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“O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões”






“O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões” (Provérbios 10.12).


"Ponha-te de acordo, sem demora, com teu adversário, enquanto estas com ele a caminho, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e seja posto no cárcere. 

Em verdade te digo, que dali não sairás antes de teres pago o último centavo."

~~~~~~o0o~~~~~~~

A Segunda Carta do apóstolo Paulo a Timóteo 3.1-5, informa que, no final dos tempos as pessoas serão cada vez mais violentas e desagregadas. 

Não há outra alternativa para minimizar os efeitos do egoísmo, da calúnia, da crueldade, da ganância, da desobediência e de todos os problemas inerentes aos seres humanos, a não ser o amor. 

Este Provérbio mostra o quanto a eficácia deste tão sublime dom atua sobre todos nós. Não fosse o amor, todas as coisas já estariam deterioradas de tal maneira, que seria insuportável viver em sociedade. 

Não fosse o infinito amor de Deus por nós e já teríamos perecido. 

Quão bom seria, se todas as pessoas entendessem o verdadeiro sentido do amor e nele vivessem. Certamente que muitas atrocidades deixariam de acontecer.

por IBtuá

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"Pensamento positivo"






Também quero deixar claro que muitas e muitas pessoas acreditam que podem viver uma vida frutífera e realizada, seguindo milhares de diferentes mestres do “pensamento positivo”. Mude a sua consciência, eles dizem – e você mudará a sua vida. Isso é verdade até certo ponto. 

Porém, para os buscadores que estão em evolução espiritual tal mudança de consciência ainda deixa certa aridez de espírito e um anseio de algo mais.

Este “algo mais” que a alma anseia é o verdadeiro contato e reunião com a sua FONTE DO SER. Pode ser que você alcance certo crescimento espiritual por seguir o caminho de perceber somente o bem, o verdadeiro e o amoroso. 

Porém, permanecerá sendo uma entidade funcionando sozinha em seu próprio lugar, ligada a Terra e não assistida pelo Universal, infinito e eterno. 

Uma vez que compreenda a natureza do Universal e volte os seus pensamentos para fazer realmente contato com Isso, você se dará conta de que já não está sozinho – que está sendo sustentado pela Realidade, a qual sustenta o Universo.

E quando digo “fazer verdadeiro contato com Isso”, significa que, quando você está fazendo a oração suplicante para receber esse ou aquele benefício, não está fazendo um verdadeiro contato com a sua FONTE DO SER.

Certamente a Fonte do Ser recebe a oração, e frequentemente obtém-se uma resposta rápida que satisfaz a necessidade, inclusive tal como foi pedido. 

Porém, o verdadeiro contato com a Fonte de seu Ser será experimentado somente quando você tiver purificado suficientemente a sua consciência do impulso grosseiro do ego humano e quando tiver passado algum tempo meditando e “estendendo” regularmente sua consciência, de maneira emocionalmente poderosa, em direção à Fonte, buscando conexão, renovação e repouso do espírito.

Este é o verdadeiro propósito por detrás da existência. Uma constante e mútua reciprocidade de comunicação entre a Fonte de todo Ser e a criação.


Cristo, Carta 5

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sábado, 23 de janeiro de 2010

SEJA FEITA A TUA VONTADE!






Jesus e Espiritismo


É imprescindível entender que nos achamos convidados pelo Cristo de Deus, através de Allan Kardec, para compreender auxiliando e renovar amando e iluminando, instruindo e abençoando na edificação do Mundo

Novo.
E é incontestável o fato de que somos livres por dentro de nós, na escolha de decisões e diretrizes.

Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. 
Livro: Mediunidade e Sintonia

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Venha o teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu; Mateus 6:10


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CONSCIÊNCIA UNIVERSAL







Tanto a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL como a sua alma permanecem inalteradas no silêncio e quietude do equilíbrio no espaço. 


A criatividade da consciência terrena toma lugar no espaço-tempo e nas frequências vibratórias variáveis da consciência materializada. 

Assim, você assume a forma viva e continua a existir em duas dimensões: uma invisível, a CONSCIÊNCIA DIVINA; a outra, visível, é tudo o que o ser humano vivo pode sentir ou compreender, até que o desenvolvimento espiritual eleve as frequências vibratórias de sua consciência humana até o plano espiritual e um vislumbre de entendimento entre em sua consciência terrena. 

Enquanto este processo de iluminação gradual continua, a consciência humana elevada trabalha então conscientemente, tanto na dimensão Invisível quanto na visível. 


Cristo, Carta 6 


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JESUS É SINGULAR





"Em meio à história do mundo encontra-se uma figura, inserida nessa história em todos os seus aspectos, mas que a tudo sobrepuja. 

É Jesus Cristo.

Ele é completamente diferente, Ele é singular. 

Ele é o único que podia ousar colocar-se diante de uma multidão hostil e fazer-lhe a pergunta: 'Quem dentre vós me convence de pecado'? 

A única resposta foi o silêncio da platéia, uma resposta eloqüente. 

Sua vontade estava plenamente inserida na vontade de Deus. 

Sua postura era completamente dirigida por Deus e direcionada para Deus. 

Nele não havia discrepância, não havia imperfeição alguma." 


H. Bender 


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domingo, 17 de janeiro de 2010

PRIMEIRO FAÇA AOS OUTROS COMO GOSTARIA QUE FIZESSEM PARA SI.






— Lembrem-se, primeiro façam aos outros o que gostariam que fizessem para vocês e então haverá paz e contentamento em sua mente e coração e o “Pai” poderá fazer o Seu AMOROSO TRABALHO em seu corpo, mente e coração. 

Doem e doem abundantemente e alegrem-se porque vocês têm presentes para doar aos necessitados e porque, enquanto estão doando, seus dons vão sendo restaurados da forma que mais necessitam. 

Doem com o coração contente, doem com confiança e com o conhecimento de que onde houver carência em suas vidas, assim fará o “Pai” o seu TRABALHO AMOROSO com abundância em vocês – e para vocês. 

Nada façam com o coração pesado, porque um coração pesado é o que continuarão tendo. 

Doem tudo com o espírito alegre, a fim de que tudo em suas vidas traga para vocês somente alegria e iluminação espiritual.


Cristo, Carta 2


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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

SÊ GRATO





Quando você “agradece”, está aceitando, reconhecendo, acreditando e impregnando em sua própria consciência a percepção de que a sua prece agora descansa com o “Pai, Consciência Amorosa” e está sendo “processada” para a visível manifestação no devido tempo e na hora certa. 

Quando estive na Palestina, agradecia constantemente por todo o trabalho antes de realizá-lo. 


Cristo, Carta 1


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[ NÃO DUVIDE! ]






São muitos os que experimentaram um pequeno “clarão de visão interior”, os que brevemente sentiram um toque da “Consciência Divina” e logo, sem ousarem continuar crendo no momento transcendente de seu despertar, começaram a questionar, duvidaram e finalmente dispersaram o pequeno influxo da “Consciência Divina”. 

Cuide para não fazer o mesmo. A incredulidade o atrasará, o prenderá no plano da existência material mais do que pode imaginar.

Seja o que for que seja dado a você, e que você seja capaz de receber – apanhe rapidamente e não duvide.

A dúvida destrói o progresso firme, porque cria suas próprias “formas de consciência”, as quais suprimirão e mesmo erradicarão a visão interior que tenha alcançado anteriormente.

Portanto, a sua escolha de pensamentos, – convicção ou incredulidade, dúvida ou fé – constrói ou destrói o seu progresso na busca da VERDADE.

Qualquer negação apaga de sua consciência o progresso que você tenha conquistado. Além disso, quanto mais alto você ascender na verdade espiritual, mais poderosos se tornam os seus pensamentos.

Assim sendo, crie e mantenha firmemente o seu próprio impulso espiritual e não permita que ninguém interfira e enfraqueça esse impulso. Mantenha-se firme em suas percepções anteriores. 

Em tempos de dúvida, navegue com pensamentos positivos usando afirmações iluminadoras, agarrando-se às orientações inspiradoras prévias e recordando dos momentos em que suas vibrações de frequências de consciência estavam mais altas. 

Usando a força de vontade, escolhendo afirmações que contenham “pepitas de ouro” de Verdade espiritual, retorne uma e outra vez a este nível mais elevado de consciência. Não se renda por preguiça mental aos altos e baixos das energias espirituais da consciência, nem se converta em uma “gangorra” espiritual.

Enfatizo fortemente esse perigo de auto-obstrução. Torne-se ativamente consciente dele. Se você conhece algo das narrações de minha vida na Palestina, lembrará que eu também sofri o fenômeno dos altos e baixos da consciência espiritual e que foi necessário retirar-me para as colinas para rezar, meditar e renovar as minhas forças espirituais.

Portanto, compreenda os seus períodos “áridos”, porém não ceda passivamente a eles, pois conduzirão você a uma mudança indesejável de atitudes e padrões mentais/emocionais. 

Recorra conscientemente a sua Fonte do Ser para receber nova força e para a elevação das frequências de sua consciência, e assim essas fases negativas se reduzirão enormemente em força e duração.

Digo novamente – esteja atento para o modo como você usa a sua mente. Deixe que a sua atividade mental seja sempre construtiva, a fim de que ela possa contribuir para seu crescimento espiritual e não seja um contínuo obstáculo.

Cristo, Carta 5 

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domingo, 10 de janeiro de 2010

Jesus e as Suas Parábolas - I parte







"Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não vêem e, ouvindo, não escutam e não compreendem." Mateus, 13:13



PERGUNTA: - Por que Jesus ensinava o Evangelho através de parábolas?


RAMATÍS: - O Mestre Jesus costumava explicar aos apóstolos qual era o seu intuito em ensinar as gentes através de graciosas e fascinantes parábolas, quando assim dizia:

"Falo-lhes por parábolas, porque não estão em condições de compreender certas coisas. Eles vêem, olham, ouvem e não entendem. Fora, pois, inútil tudo dizer-lhes, por enquanto".

Em verdade, Jesus preocupava-se especificamente nos seus ensinamentos quanto à natureza espiritual do homem, e não propriamente quanto às tricas e aos acontecimentos transitórios concernentes à vida humana.

Através de sua comunicação entrecortada de figuras e ocorrências do mundo físico, ele ativava o conhecimento dos princípios superiores espirituais, mas sem violentar os costumes judaicos e afastar os ouvintes mais intolerantes. 

Sob o invólucro exterior das configurações do mundo físico, se ocultava o ensinamento esotérico do futuro e específico à natureza do espírito imortal.



Através da vestimenta das parábolas Jesus orientava o homem da época, e de todas as épocas futuras, o modo de dinamizar as suas forças espirituais e sublimar-se por intermédio dos próprios fenômenos da vida humana.

Expunha as leis definitivas cósmicas, contando historietas prosaicas dos fatos cotidianos, sem violentar o livre-arbítrio de ninguém, e a cada um assimilando conforme o seu grau evolutivo.

Alertava e apurava a mente do homem, enunciando as parábolas que, então, proporcionavam ensejos de se efetuar as ilações superiores.


Do livro: “O Evangelho À Luz Do Cosmo” 
– Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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sábado, 9 de janeiro de 2010

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- (FINAL)







PERGUNTA: Poderíeis definir-nos algo dessa ventura no reino de Deus?




RAMATÍS: A conceituação do Cristo-Jesus convidando o homem a ser perfeito, como perfeito é o Pai, indica-lhe a meta definitiva e venturosa, pois há de ser tão feliz como feliz deveríamos conceber a natureza divina.


Embora não possamos dizer que Deus é feliz, porque não dispomos de uma unidade de medida exata, que nos proporcione a idéia do oposto «infeliz", sabemos, através de Jesus, que o «homem perfeito" é o homem absolutamente feliz, porque ele já desenvolveu em si mesmo o fundamento divino de Deus.

Enquanto o espírito do homem não alcançar essa perfeição e o conhecimento da Verdade, ele ainda opera no plano dos contrastes e sujeito a medidas, limites dados pelo tempo e espaço, que o obrigam a um incessante desgaste energético e a uma instabilidade insatisfatória.

Mas assim que atinge a realeza notificada por Jesus, quando passa aatuar absolutamente livre de quaisquer contingências ou coações exteriores, então é o anjo tendo à sua disposição um campo de energias sutilíssimas, que jamais se desgastam ou se modificam sem a sua própria vontade.

Sem dúvida, as energias, quanto mais puras e sutis, também são mais afins ao espírito mais eletivo às vibrações criativas de Deus.

No reino de Deus, ou no seio da Verdade absoluta, que é a fonte da vida em todo o Universo, a ventura é um «estado de espírito", e não fruto da posse ou propriedade particular.

No primeiro caso, é preciso o espírito adquirir, treinar e afinar o seu estado íntimo no uso dos objetos e no intercâmbio do mundo físico; no segundo caso, o estado de posse é precário, satura logo, porquanto a retenção de um lote de terra, uma fartura de ouro ou luxuoso veículo, malgrado a diferença ilusória do ser, é sempre um estado de espírito transitório e sem valor definitivo, porque é tão- somente posse ou poder precário.

Através de todos os fenômenos e acontecimentos com que o espírito do homem entra em contato com a faculdade dos cinco sentidos físicos, vale tão-somente a concentração, intensificação e catalisação energética, que lhe proporcione um sentido ou faculdade incomum cada vez mais sublime. 

Não é a extensão e o valor dos bens, que mobiliza e administra, o que lhe produz favorecimentos e venturas, caso se trate exclusivamente da escravidão peculiar da posse.

A posse é um estado de espírito, que converge numa falsa ventura para determinado objeto, coisa ou ser no mundo transitório.

Portanto, a posse diminuta ou imensurável não significa ventura, pois as coisas inanimadas ou provisórias, jamais podem proporcionar a felicidade para quem é eterno. Não é duradoura a ventura que depende da existência de objetos, coisas ou seres, para proporcionar alegria e satisfações.

Essas coisas têm uma existência própria e limitada, mas não podem qualquer prazer duradouro, além do que nós mesmos a elas nos condicionamos. 3



Em conseqüência, a verdadeira alegria e o júbilo do espírito hão de ser firmados e derivados de um estado de absoluta libertação de quaisquer fatores ou valores ainda determinados pelo tempo e espaço. Há de ser, pois, o que o espírito realiza em si mesmo e através do manuseio e comando dos fatores autênticos e jamais modificáveis.


Uma libertação absoluta não pode depender de nenhum valor "alfa" ou "ômega" no Universo. Não é o que existe além de si mesmo que causa a felicidade, porém, o que existe e jamais se fragmenta na própria intimidade, o espírito.


A ventura do reino de Deus é um estado do espírito de "absoluta libertação" sem qualquer vislumbre de posse, aquém ou além de si.





A beatitude ou o nirvana da tradição oriental não é a imobilidade ou fusão com o Espírito Cósmico de Deus; porém, o poder absoluto sem a posse; a liberdade absoluta sem o desejo; a paz de existir sem ferir-se ou ferir.


A paz do espírito da consciência divinizada é como uma lâmpada translúcida, jorrando eternamente a luz do Senhor.


A ventura impossível de ser delineada sob a veste das palavras humanas, é a inconcebível doação criativa incondicional, num eterno ser pulsando na mesma diástole e sístole do Criador.

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3 - Os objetos e as coisas materiais tomam-se prolongamentos vivos do ser, proporcionando uma espécie de sensibilidade extra comum, e que faz o seu possuidor sofrer.

O homem apegado ao seu veículo ou à sua coleção de selos, reage, apreensivo e irritado, se alguém toca na coisa ou posse, em face do receio de que ocorra algum prejuízo ou diminuição de valor.


Do livro: “O Evangelho À Luz do Cosmo” 
Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.


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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- VII






PERGUNTA: - Qual seria o sentido mais evidente ou particularizado, quando Jesus assim responde a Pilatos: "Meu reino não é deste mundo"? Ele ainda teria insinuado algo além do conceito do reino na energia livre do espírito, em contraste com o mundo comum da matéria, ou da energia compactada?


RAMATÍS: - Narra o Evangelho de João que, tendo Pilatos entrado no palácio e feito vir Jesus à sua presença, então perguntou-lhe: "És o rei dos judeus"? - Respondeu-lhe Jesus: "Meu reino não é deste mundo.

Se meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas o meu reino não é daqui". 

Disse-lhe Pilatos, então: "És, pois, rei?" Jesus lhe respondeu: "Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz". 22 - João, 18:33,36 e 37.

É evidente que nesse curso de palavras Jesus distingue, um "reino" ou vivência superior, disciplinada e dirigida, convenientemente, tal qual uma nação terrícola é amparada por certo governante.

Em oposição, ele figura o "mundo" habitado por todos os homens e concitados por paixões, interesses, competições e vícios, uma vivência indisciplinada sob o egoísmo individual.

Mas num reino vivem os que pelo progresso espiritual foram "escolhidos" sob uma proteção; e para todos basta que a espontaneidade de alma tão sublimada de cada um seja a garantia da ventura geral.

Mas o mundo subentendesse um local de satisfações, gozos, paixões imediatas e indisciplinadas, as quais se manifestam conforme a índole e a graduação de cada homem.

Respondendo a Pilatos, que era rei, Jesus servia-se do sentido figurativo do próprio vocábulo para enunciar sua hierarquia de espírito liberto das contingências humanas, embora decidido a cumprir até o final a sua missão sacrificial para a libertação dos homens.

Só o rei governa-se a si mesmo, porque ele é um soberano, com o direito ao poder supremo e absoluto' dado pelas leis.

Jesus, portanto, como espírito emancipado e anjo de alto galardão, credenciado para o livre trânsito no Universo, podia ser perfeitamente comparado ao rei com poder absoluto, porque ele governava como um soberano a sua própria individualização espiritual.

Aliás, ainda adverte: "Sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da Verdade", ajuizando que só o espírito é que não nasce, não cresce, nem morre, porque, sendo eterno, preexiste e sobrevive à transitória organização carnal.

Jesus acentuava ser um rei espiritual, indestrutível e emancipado, não um "rei homem", ainda limitado pelo nascimento e depois destruído pela morte física. 

Ele se afirmou um soberano do reino de Deus, um "emancipado", completamente livre do "Maya", ou da ilusão do mundo material.

Era, então, o próprio "Caminho, Verdade e Vida" e podia afirmar: "Aquele que pertence à Verdade, escuta a minha voz", demonstrando a sua identificação como um soberano ,de si mesmo, um monarca do reino espiritual vibrando em igual freqüência sublime.

Além de expressar a diferença entre o "reino espiritual" ou da "energia livre", em confronto com o "mundo material" da energia escravizada nos contornos e limites das formas, Jesus identifica-nos a vida real e autêntica do Espírito Imortal.

Ele distingue o rei como a própria identidade soberana do espírito liberto, não um vassalo de paixões menos nobres, mas o programador do seu próprio destino e autor de sua própria felicidade.

É a entidade que se descobriu a si mesma, livre do tempo e do espaço, vencedora dos desejos e paixões, do tédio e das insatisfações. Jesus, então, conforta o homem e semeia esperança na humanidade, ao informar sobre a vida futura, numa vivência de completo domínio espiritual.

O espírito feliz autogoverna-se, sem qualquer preocupação da humanidade sideral, porque a sua contextura íntima já se ajusta à freqüência da realidade, acima de qualquer ato ilusório, egoísta ou evidência espiritual.

O Espírito sublimado pode fazer o que quiser e o que lhe convier, após a sua libertação e emancipação dos ciclos reencarnatórios.

Ele já descobriu a Verdade e identificou-a em si mesmo e, por esse motivo, jamais cometerá erro ou quaisquer equívocos em prejuízo de outrem. Essa Verdade é arte de si mesmo, isto é, um fragmento do próprio Deus no homem.


Do livro: “O Evangelho À Luz do Cosmo” 
Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- VI






PERGUNTA: - Quando Jesus menciona que "meu reino não é deste mundo", isto ajusta-se à mesma interpretação doutrinária, caso ele dissesse: "meu reino não é deste reino" ou meu mundo não é deste mundo"?

RAMATÍS: - Alhures vos temos dito que Jesus não empregava uma vírgula a mais ou ao menos nas suas máximas evangélicas. Em sua autenticidade angélica, jamais ele se serviria de vocábulos imprecisos ou substituíveis, para expor o seu pensamento definitivo e correto.

Ademais, não usava de qualquer artificialismo ou eloquência rebuscada para ressaltar a sua pregação como é muito comum entre os oradores do mundo profano.

Num punhado de vocábulos familiares, expunha o esquema de uma virtude ou a revelação de um estado de espírito angélico. Cada vocábulo e cada frase possuíam a força estrutural do alicerce do seu pensamento, em ebulição e a firmar os fundamentos do edifício evangélico.

Só as criaturas primárias ou melodramáticas são verborrágicas, pois desperdiçam palavras sem qualquer motivação íntima.

Os indecisos e insensatos é que oferecem uma frase gráfica ou verbal, sob a vestimenta rota das palavras e dos vocábulos inadequados, para então expressar a natureza dos seus pensamentos.

Os verdadeiros sábios são singelos e comunicativos na sua exposição mental; só o homem presunçoso apela para a excentricidade, frases complexas e acadêmicas para tornar mais difícil o que diz, crente de que o julgam mais sábio, por ser mais difícil de se fazer entender.

Isso é tão frequente pela demonstração medíocre e a verbosidade vazia de líderes de grupos e facções políticas, que se verifica no curso das ambições dos homens atuais.

Há, portanto, grande diferença de sentido entre o vocábulo "mundo" e "reino" com que Jesus vestiu tão corretamente o seu enunciado espiritual.

A palavra "mundo" expressa o universo físico criado, o qual pode ser concretizado pelos desejos e sentidos humanos. 

O mundo é para todos e a Terra, portanto, é para todos os terrícolas, ou seja, é o mundo dos homens terrenos.

Quando dizeis, aí na Terra, que "fulano" é um homem do mundo, isso se refere ao indivíduo dado aos prazeres e à satisfação de todos os desejos, o qual vive de modo exclusivamente físico e ávido de gozo incessante. 

Ele é, então, um homem do mundo, mas esse mundo é de todos e, o que é pior, o mundo transitório.

A palavra "reino", enunciada e distingui da por Jesus, refere-se mais propriamente à ideia de um estado, diríamos, equivalente àquilo que a ciência moderna chama de teoria de campo.

Esse reino ou campo, uma forma de energia e o conjunto de leis e princípios, que governam todos os fenômenos ali ocorridos.

Somos todos vassalos das leis e princípios do "reino de Deus", desse "campo universal" sublime de que seremos futuros participantes quando lograrmos as condições necessárias para o habitarmos.

É, enfim, uma comunidade algo aristocrática e disciplinada por um comando supremo acima de tolas vulgaridades do mundo humano.

Os próprios reinos mineral, vegetal e animal, nos seus agrupamentos de corpos e seres, são disciplinados e governados intimamente por leis, que os conduzem para expressões cada vez mais requintadas.

Evidentemente, Jesus referiu que "o meu reino", onde ele vive, é um estado diferente, em que o espírito cria, porque já obteve a sua vitória completa sobre os instintos escravizantes.

Subentende-se que o "reino" é definitivo e o "mundo" transitório, em que o primeiro vibra sob o governo e exige uma eletividade específica para habitá-lo, e o segundo é de quem mais sabe impor-se pela sua força, astúcia ou condição pessoal.

É de senso comum que o maior conquistador do mundo não é quem derrota muitos homens ou povos, porém, quem primeiro derrota as suas próprias mazelas e paixões.

No conceito "meu reino não é deste mundo", Jesus procurou focalizar-nos a imagem diferencial, em que o mundo é a matéria transitória e o reino um estado real e inalterável, porque se constitui da energia, sob o controle das mentes, cuja vontade e amor já se desenvolveram ao ponto de só proporcionarem a ventura alheia.


Do livro: “O Evangelho À Luz do Cosmo” 
Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.


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domingo, 3 de janeiro de 2010

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- V






PERGUNTA: - Embora Jesus tenha distinguido perfeitamente o mundo da energia comprimida, em comparação com o reino da energia livre, ou seja, o "mundo de César" e o "reino de Deus", ainda há mais algum ensinamento além desse aspecto?

RAMATÍS: - Na época de Jesus os homens ainda não podiam compenetrar-se do sentido oculto de suas elucidações sobre uma vivência superior, cuja possibilidade de entendimento ultrapassava a compreensão da existência humana tão primária.

O Amado Mestre servia-se das imagens e das coisas, que aconteciam sobre a vida cotidiana, a fim de firmar e ativar os preceitos próprios da doutrina oculta.

Tratando-se de um notável e sábio profeta sideral, conhecedor profundo do metabolismo da vida do Espírito Eterno, Jesus preparava a mente do homem de sua época, com os objetos e fenômenos do mundo sensível e transitório, para depois sensibilizá-lo até aperceber-se da realidade do estado angélico.

Mas, em face do progresso técnico e das descobertas científicas, pela pesquisa intensa no próprio campo de forças ocultas da energia, a humanidade terrena já pode vislumbrar, atualmente, entre o "que Jesus disse" e, realmente, "por que ele disse".

Na oferenda sacrificial de sua vida, Jesus demonstrou o seu total desapego ao mundo material, assim, salientando até o extremo possível, no que se constitui o processo libertador de encarnação por encarnação.

Somente os tolos persistirão em viver apegados ao artificialismo da vida ilusória da matéria, depois de conhecerem, moral e cientificamente, o que é real, autêntico e definitivo ensinado por Jesus.

Cumprindo a sua missão sublime de mentor e psicólogo sideral, e conhecedor atuante em todos os campos da vida, Jesus dizia e vivia "os seus ensinos morais, modelando-os como devem ser na vivência espiritual, e o fez nas condições mais honestas e estóicas realizadas na matéria, para o esclarecimento angélico da humanidade.

Atualmente, os exegetas já podem distinguir e identificar que, sob os seus postulados de moral espiritual, existem e permanecem os fundamentos científicos derivados da própria Lei do Cosmo.

Consequentemente, uma porcentagem diminuta da humanidade tem procurado cumprir os ensinos "que Jesus disse", mas, doravante, deve cientificar-se de qual o motivo "por que ele disse".

Em sua tarefa messiânica, Jesus expôs como deve ser a moral do espírito angélico; e, através da pesquisa científica moderna, o homem do século XX saberá descobrir a estrutura que sustenta a miniatura do Cosmo.


Do livro: “O Evangelho À Luz do Cosmo” 
Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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sábado, 2 de janeiro de 2010

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- IV





PERGUNTA: - Poderíeis fornecer-nos algum exemplo mais objetivo?

RAMATÍS: - Qual é o estado normal do ar? Sem dúvida, é o de livremente se expandir. 

Mas quando o ar é comprimido em recipientes materiais, seja para encher um pneumático de automóvel ou para expelir o líquido perfumado de um "spray", ele então suporta uma condição anômala e contrária à sua verdadeira natureza. 

Diríamos que o ar comprimido, opresso e limitado aos contornos do recipiente que o contém, permanece numa condição antinatural. 1

1 - Nota do Médium - Ramatís aborda esse tema de energia livre também no capo 


"Sede Perfeitos", em face de sua preocupação de melhor esclarecer os assuntos complexos da vida espiritual. 

Aliás, é de sua apreciação costumeira, sempre retomar com novas considerações sobre os mesmos temas e conceitos já manuseados em obras ou capítulos anteriores, como aqui ocorre, a fim de tomar melhor compreensível o fundamento de suas mensagens mediúnicas, mais didáticas do que propriamente especulativas.

Sob igual dedução, também diríamos que o estado anômalo, que a energia livre sofre condensada e aprisionada nos cárceres das formas físicas, também é uma situação transitória. 

A radioatividade, por exemplo, é a fuga desesperada da energia encarcerada e compactada em certos elementos químicos, no esforço titânico para readquirir a sua liberdade absoluta e natural. 

O fragmento de rádio, que se transforma incessantemente em chumbo, libertando energias, os raios Beta e partículas mais simples, podem ser comparados à ânsia espiritual de o ser imortal libertar-se do chumbado peso do mundo da matéria.

É evidente que Jesus também enunciava um fato científico, ao advertir que "meu reino não é deste mundo", isto é, de um mundo material e transitório. 

O seu reino é real, indestrutível e ilimitado, como é o reino superior da energia espiritual. 

O "mundo de César" é o mundo efêmero existindo sob breve compactação energética, se considerarmos o tempo infinito, cujas formas, visíveis aos sentidos físicos, tendem a se volatilizar em partículas desaparecendo do exame real dos mesmos sentidos carnais.


Do livro: “O Evangelho À Luz do Cosmo” 
Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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