pombo

pombo

.

.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

PRECE






Amado Pai, eu quero rever e clarificar o meu apego poderoso a você como Teu filho. Eu preciso fazer isso para crescer cada vez mais perto de Ti em espírito, bem como mente e amor. Eu sei que em ESPÍRITO somos um e nunca estamos separados a qualquer momento.

Eu TE amo com todo meu coração e Ser. Eu sei que meu corpo inteiro está envolvido dentro de Energia Divina que é a Tua Inteligência Amorosa que me apoia durante todas as experiências do meu dia e da vida

Eu sei que Tu sabes das minhas necessidades, precisamente quais são, e se eu pedir com fé, você logo vai manifestá-las na minha vida. Porque eu sei que todo o meu BEM se manifesta do Amor Divino para mim, feliz e, sinceramente, Eu rendo toda a vontade própria. Peço Tua orientação e vou me manter receptivo/a para receber e agir sobre ela.

Eu descanso em tranquilidade, sentindo o Teu Amor Divino por mim, sabendo que, mesmo agora, enquanto eu relaxo, Tua Energia Divina está se movendo dentro de mim, para reparar e regenerar as minhas células físicas. Eu sei também que Tu impressionas a Tua Energia Divina em minha própria consciência e cabeça física. Eu ainda sei que quando minhas frequências de vibração estão altas o suficiente, vou sentir a Tua energia dentro de mim, me curando.

Peço com todo o meu coração, que dia a dia eu possa sentir um contato mais próximo conTigo, a medida que eu limpo os meus pensamentos e sentimentos de todas as emoções negativas e impuras, e, entregar amor incondicional para todo o mundo. Sei que, à medida que eu ascender em Tua CONSCIÊNCIA amorosa, a minha própria consciência será purificada e fortalecida.

Com todo o meu Ser, eu Te agradeço por tudo que Tu és para mim. Com todo o meu coração amoroso, eu peço que Tu Te tornes cada vez mais claro e muito bem conhecido para mim, a medida que eu me esforço para fazer contato mais próximo, mais amoroso conTigo.

Eu agora vou levar algum tempo para relaxar o mais silenciosamente possível dentro de Tua CONSCIÊNCIA vibrante. Eu TE amo!


Canal das Cartas de Cristo

.

O SEU OBJETIVO






O seu objetivo espiritual supremo é chegar ao momento espiritualmente elevado em que você finalmente compreenderá que sua mente humana e seus desejos são finitos. Portanto, eles nunca poderão levar você à felicidade e à realização que experimentará quando abandonar a sua individualidade e vier à CONSCIÊNCIA DIVINA pedindo UNICAMENTE pelo Caminho mais elevado, pela Vida mais abundante e pelo verdadeiro PROPÓSITO espiritual, que você somente pode cumprir em seu estado terreno.


Trecho da Carta 6


.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Discípulos de Jesus






O título de discípulo é conferido pelo Divino Mestre a todos os homens de boa-vontade, sem distinção de situações, de classes ou de qualquer expressão sectária.

Com responsabilidade dos bens materiais ou sem ela, o homem é sempre rico pela sua posição de usufrutuário das graças divinas e, além do mais, temos de ponderar que, em toda situação, a criatura encontrará responsabilidade na existência, razão por que os sinceros discípulos do Senhor são iguais aos seus olhos, sem preferência de qualquer natureza.

[41a - página 154] - Emmanuel - 1940

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 




Seleção, preparação dos discípulos e início dos trabalhos

(Após as primeiras curas públicas - Realizadas em Cafarnaum)

... Fui embora para as montanhas para rezar a respeito da escolha dos "discípulos". Quando veio a mim a convicção de que eu seria guiado para fazer a escolha, retornei a Cafarnaum.

Senti um forte impulso para descer pela beira do porto e falar com alguns homens que eu tinha visto escutarem meus ensinamentos com muita atenção. Queria saber se eles deixariam suas redes de pesca para juntarem-se a mim.

Quando os chamei, Simão, André, Tiago e João vieram imediatamente, felizes em poder ajudar no meu trabalho de cura e ensinamentos.

Outros também se juntaram a mim assim que comecei meu trabalho entre as pessoas. Deixei meu anfitrião, a casa de Zedekias, que me assegurou entusiasmado que eu poderia retornar a qualquer momento.

E foi assim que comecei minha missão como mestre e curador peregrino, indo sempre que necessário pelas vilas e aldeias. Antes de partir, reuni os jovens que tinham aceitado com alegria me ajudar. Escutariam meus ensinamentos e ficariam perplexos pelo muito que eu tinha a dizer.

Era vital que explicasse a eles primeiro o fundamento de tudo o que havia sido revelado a mim no deserto. Disse que apesar da vida ociosa que eu levava antigamente, sempre havia sentido uma profunda compaixão pelas pessoas.

E foi minha compaixão que me afastou desse "Deus" ensinado pelos Rabinos. Quando falei da minha total rejeição de um Jeová punitivo, pude ver a dúvida e o choque em seus rostos.

Por um tempo considerável, expliquei que eu questionava como era possível falar de um Deus "bom", quando crianças inocentes suportavam tanto sofrimento. Enquanto falava, via como seus rostos iam relaxando aos poucos.

Continuei dando voz às minhas dúvidas e raivas de antigamente, até que vi suas expressões mudarem para a aceitação e em seguida para a concordância completa.

Descobri que havia expressado suas próprias dúvidas e perguntas, as quais nunca antes tinham tido coragem de admitir. Enquanto falávamos, pude sentir seu alívio de que já não estavam mais sós em suas resistências secretas com relação aos ensinamentos dos Rabinos.

Disse que chegou um momento em que comecei a perceber mais claramente que estava desperdiçando a minha vida. Queria mudar e senti fortemente que deveria ir até João Batista como ponto de partida, para começar uma nova forma de vida.

Descrevi o que aconteceu durante o batismo e minhas seis semanas no deserto. Expliquei que todos os meus pensamentos, crenças, atitudes, arrogância e rebeldia prévia foram paulatinamente limpos de minha consciência, enquanto passava pelas profundas revelações e visões que me mostraram a "Realidade" que eu agora chamava de "Pai".

Expliquei a natureza do "Pai" e que esta "Natureza Divina" era constituída também da Vontade Divina.

Disse que era o próprio homem que em seu íntimo se afastava do "Pai", por seu pensamento errôneo e comportamento equivocado e que somente o homem, primeiro pelo arrependimento e logo depois pela limpeza mental emocional, poderia encontrar seu próprio caminho de volta ao pleno contato com o "Pai".

Quando isso se cumprisse, a plena Natureza do "Pai" seria liberada dentro da mente, coração, corpo, alma, no ambiente e nas experiências da pessoa.

Quando isso se produzisse, tal pessoa entraria no Reino dos Céus governado pelo "Pai" e o Reino dos Céus se estabeleceria ele mesmo na consciência da pessoa. Ela atingiria então o propósito de sua existência.

Enquanto conversava com meus discípulos, via suas reações refletidas em seus rostos. Toda dúvida havia desaparecido, havia agora um resplandecer de luz de compreensão e alegria.

Esses jovens tornaram-se fiéis entusiastas e exclamaram: "Estas sim são boas-novas"! Entretanto, após a aceitação de tudo o que eu dissera, houve momentos em que se perguntavam se seria verdade tudo aquilo que eu havia dito.

Entendi aquilo. Dispor-se a desfazer-se da imagem de "Jeová", tão profundamente gravada em suas mentes, requeria uma grande dose de coragem.

Havia momentos em que falavam entre si e questionavam quem era este homem que pretendia tais maravilhas.

E se viessem comigo e afinal eu fosse realmente um mensageiro de Satanás? Eles seriam severamente castigados por Jeová.

Eles tinham muito a perder - sua posição na sociedade como jovens, homens sóbrios e trabalhadores, sua reputação como comerciantes e artesãos, a perda de suas rendas e o maior obstáculo de todos: a provável ira e rejeição de suas famílias. O que eles receberiam em troca?

Disse então que eu não podia fazer nenhuma promessa terrena por sua ajuda na propagação do "evangelho da boa-nova". Eu não tinha dúvida alguma de que, onde quer que fôssemos, receberíamos alimento e refúgio e que seríamos muito bem acolhidos pelas pessoas.

Somente poderia prometer a Verdade de que o "Pai" conhecia as suas necessidades e que elas seriam satisfeitas e que os manteria com saúde.

Poderia também prometer que, se eles se voltassem para o "Pai", e confiassem no "Pai" a cada passo do caminho, seriam tão felizes como nunca haviam sido antes.

Experimentariam o Reino dos Céus por eles mesmos, na medida em que deixassem de lado as exigências do "eu" e se pusessem a serviço dos outros.

Seriam testemunhas de curas e estas aumentaria a sua fé e daria a eles coragem para suportar quaisquer incômodos da jornada. E assim começamos nossa missão para espalhar a "BOA-NOVA" do "EVANGELHO DO REINO".

Enviei à minha frente estes jovens para as cidades que iríamos visitar. Ao chegarem, diziam às pessoas da cidade que se juntassem para escutar a "Boa-Nova do Reino dos Céus".

As pessoas ficavam surpresas e queriam saber mais, mas os discípulos pediam que fossem buscar seus amigos e vizinhos.

Todos ficariam sabendo do que se tratava, "quando Jesus chegasse", e também haveria curas de seus doentes. Excitados, muitos corriam para ajudar a difundir a "boa-nova" e logo estavam reunidos formando uma grande multidão.

Eu, que havia me rebelado apaixonadamente contra as pregações religiosas que ameaçavam os pecadores com violência, castigos e condenações, agora caminhava com alegria para ir ao encontro destas multidões.

Eu tinha a minha "Boa-Nova" para compartilhar com eles e iluminar o seu dia, além de curar suas doenças e aflições, para encher de alegria suas vidas.

Antes eu circulava entre as pessoas egoisticamente e com as mãos vazias, aceitando a sua boa vontade, e às vezes generosidade, com pouca gratidão.

Agora eu vinha com uma abundância de possibilidades vivificantes para todos aqueles que estavam dispostos a ouvir minhas palavras e tomar medidas para melhorar a sua qualidade de vida.


[CARTAS DE CRISTO - Carta 2]


.

[ URGE REFLETIRMOS!]






<

Se alguém irrita ou machuca vocês, retaliam de alguma forma; acreditam que se alguém se apropria de seu olho, devem retirar o olho do adversário em troca.


Acreditam que quem mata deve ser morto como castigo ou compensação.

Acreditam que quem os rouba deve pagar por isso, que aquele que rouba a sua mulher deveria ser apedrejado junto com sua esposa.

Acreditam que é necessário exigir o pagamento pelo mal que passa por sua vida.

Como é da natureza humana ferir os outros e vocês tem sido ensinados a retaliar, suas vidas são um contínuo cenário de guerra.

Guerra no lar entre maridos e esposas, filhos, vizinhos, entre pessoas públicas e também entre as nações.

O "Pai" ignora esta guerra em suas vidas, mas conhece a tensão que surge dela em suas mentes e corpos.

Mas nada pode fazer para aliviar esta dor até que vocês mesmos coloquem um fim a ela.

Vocês mesmos devem cessar a luta e viver em paz com suas famílias, seus vizinhos, entre empresários, entre pessoas públicas e entre países.

Só então, o TRABALHO AMOROSO do "Pai" poderá tomar seu lugar em sua mente, coração,corpo e vida.

Só então poderão reconhecer e ver o Trabalho Amoroso que está sendo realizado em vocês  pelo "Pai".>>

.

A Consciência Crística Manifestada






Recordem o que estou dizendo agora. VOCÊS residem em duas dimensões e ninguém pode passar além da dimensão do “mero intelecto” antes de ter cumprido os pré-requisitos da iluminação espiritual.

Estes são: um verdadeiro despertar espiritual conduzindo a uma profunda iluminação das atividades do ego e da personalidade... seguido por arrependimento... arrependimento... arrependimento. Este é o ÚNICO CAMINHO.

O arrependimento leva à rejeição da dimensão magnético – emocional de “rejeição-ligação” que, em suas formas mais destrutivas, os humanos descrevem como “pecado.”

Quando uma pessoa adentra a dimensão espiritual e é impregnada com características da “VIDA”, a pessoa começa a compreender e por fim SABER que o impulso egoico humano de “olhar apenas para o eu ”, em realidade fecha a ALMA para o contínuo fluxo da VIDA DIVINA na mente, no coração, no corpo, nas relações e nas experiências diárias.

“Pensar em si mesmo” é uma experiência terrena, humana.

A entrega total e sincera da personalidade ao “PAI – VIDA” remove a barreira entre a dimensão espiritual e a alma. A pessoa já não tem que “pensar em si mesmo”.

Tudo o que a VIDA DIVINA é agora flui no corpo, na mente, no coração, nas experiências e nas relações do indivíduo. Tal pessoa vive guiada pelo “instinto” e segue o seu coração, o que se revelará perfeito no longo prazo.

A VIDA DIVINA SEMPRE ESTÁ AÍ PARA SER ACESSADA - sempre que a pessoa abandone sua vontade própria e se dirija a ELA em todas as suas necessidades.

Você deve lembrar que me refiro ao momento em que você penetra a dimensão humana do intelecto e ultrapassa sua confiança “nele” e nos meios materiais para conseguir o que quer da vida.

Muitas pessoas acreditam que atingiram esse ponto do desenvolvimento espiritual, mas estão iludindo a si mesmas.

Quando uma pessoa abandona a lógica, – e sabe sem nenhuma dúvida, que pode confiar plenamente na orientação para alcançar objetivos inspirados, sua vida muda.

Os benefícios fluem em sua vida quando você compreende totalmente que a Consciência Divina é a Realidade invisível – o Poder – trabalhando por trás das aparências exteriores de sua vida, movendo “a força da energia inteligente” para trazer satisfação às suas necessidades.

Você não tem que negar as aparências nem dedicar o poder do pensamento à condição que procura resolver.

Tudo o que você tem de fazer é entregar sua vontade pessoal e SABER que à medida que seu intelecto limitado abre espaço, a Realidade Infinita se move para ordenar sua vida de uma maneira totalmente nova, para se afastar de todos seus apoios do passado, para trazer a sua mente uma nova visão para uma nova tarefa e conduzir você para novas áreas de atividade.

Mas, quando isso ocorrer, você deve estar preparado para “deixar-se levar” completamente.

Você deve liberar seu apego às seguranças do passado e saber que seguranças maiores ainda e de uma natureza muito diferente o esperam quando seguir sua inspiração.


Trecho das Cartas de Cristo: 
A Consciência Crística Manifestada. Carta 8

.

JESUS EM JERUSALÉM NA SEMANA DA PÁSCO






PERGUNTA:
Que nos dizeis sobre a entrada triunfal do Mestre Jesus em Jerusalém?


RAMATÍS:
No domingo que antecedia a semana da Páscoa, Jesus e seus discípulos partiram de Betânia, em direção a Jerusalém.

O Mestre seguia silencioso e preocupado, antevendo os acontecimentos trágicos para breves dias; seus amigos e adeptos, no entanto, acompanhavam-no dominados por intenso júbilo, certos de que chegara o momento tão ansiosamente esperado.

Jesus seria o fermento, o catalisador absoluto do povo eleito, o embaixador de Israel unindo todas as ovelhas num só redil. Já não se tratava de crença, doutrina ou movimento religioso; era uma causa nacional, em que toda Jerusalém marcharia ao lado dos galileus.

A cidade de Deus precisava ser escoimada das impurezas dos infiéis e do insulto da águia romana, que deveria ser destroçada sob os tacões dos judeus heroicos e decididos, sob o comando do invencível profeta e Messias Jesus!

O "Reino de Deus" tardaria apenas por algumas horas e jamais se viu criaturas tão festivas e animadas.

À medida que a caravana percorria as estradas de Betânia a Jerusalém, acudiam novos adeptos, simpatizantes, aventureiros e até arruaceiros, entusiasmados ante as perspectivas compensadoras daquele movimento do rabi de Nazaré sobre os "homens do caminho"!

Cada vez mais engrossava a turba bulhenta em torno do grupo apostolar; os mais entusiastas cantavam e riam, enquanto outros batiam palmas, davam vivas a Jesus e o saudavam como o Rei de Israel.

A notícia alvissareira espalhava-se pelos arredores de Betânia e arregimentava multidões de criaturas, que mesmo horas depois seguiam no encalço de Jesus, a fim de consagrá-lo em Jerusalém.

Caravaneiros, peregrinos e aventureiros encontrados pela estrada recebiam convites atraentes e riam do júbilo provinciano dos galileus seguindo à cauda do seu Mestre.

Embora contagiado por aquela alegria infantil, Jesus mostrava-se apreensivo, sentindo-se algo responsável pelo culto muito pessoal que lhe devotavam os seus seguidores, mas absolutamente contrário à sua consciência espiritual.

A caravana chegou às portas de Jerusalém e ali estacou de modo triunfal; muitos dos seus participantes já haviam seguido à frente, a fim de prepararem uma recepção das mais festivas e contagiantes aos jerusalemitas, sempre tão indiferentes aos valores da Galiléia.

O Mestre Jesus não pôde fugir àquela onda de vibração efusiva, que o envolveu; e, erecto e majestoso, atravessou a "Porta Áurea", da cidade; mas o seu espanto foi imensurável, quando as mulheres e crianças lhe atiraram flores e o saudaram com ramos de oliveira e palmeiras, enquanto os homens tiravam suas túnicas e as colocavam no chão para ele passar.

Surpreso e apreensivo, pisava as pétalas de flores e as túnicas dos seus admiradores, estendidas a seus pés, sob os gritos de "hossanas" e aclamações ao Rei de Israel e ao "Filho de Deus"! Aliás, Jesus não penetrou em Jerusalém montado num burrico ou qualquer jumento, conforme diz a tradição religiosa e assim predisse o Velho Testamento, pois, desde Betânia, todos marchavam a pé, num crescendo de júbilo emocional.

Evidentemente, ninguém estenderia suas túnicas para serem pisadas por um burrico, mas assim o fizeram para a passagem do Mestre Galileu.

As ruas da cidade estavam apinhadas dos tipos mais exóticos e das raças mais diversas recém-chegados de todas as partes da Judéia e de outros países distantes, para assistirem às festividades da Páscoa.

Ali se viam mercadores judeus da Alexandria, com narretes de veludo vermelho, túnica e saia até aos pés; de Cesaréia, Antioquia, Arábia e até do norte da África; judeus da Abissínia, de pés descalços e vestidos de um só pano branco; do Reno, com armaduras medievais, da Grécia, com vestes de lã, ricos e cabelos crespos enfeitados com fitas douradas ou ramos de louro; do Oeste hibernoso, trajando casacos espessos; do deserto, cobertos com pele de camelo ou de leão.

Havia homens e mulheres pobres, quase desnudos, a ombrear sob gestos de repulsa com hebreus ricos, que resplandeciam em seus vultosos anéis e colares, vestidos com finos linhos de Sidon e ricas faixas de púrpura da Tiro.

No meio daquela gente, de vez em quando, brilhavam os capacetes e as armaduras dos romanos ostensivos, que passavam em grupos, batendo nas pedras os tacões das botas ferradas.

Cães de todos os tipos ladravam, perseguiam-se e farejavam entre mantas de carne-seca e peixe desfibrado; os burricos e jumentos, inquietos pelo enxame de moscas atraídas pelos boiões de mel de figo, batiam os cascos no calçamento.

A multidão suava e cheirava mal, pois a cidade estava sujíssima e não havia tempo para uma limpeza correta. Frutos e legumes podres, esmagados mil vezes, multiplicavam-se pelas calçadas ou se misturavam ao estrume dos asnos e camelos.

Estrugiam pregões e os vendeiras berravam, ofertando suas mercadorias aos forasteiros, numa competição rixenta e feroz, que exigia a intervenção das patrulhas de soldados romanos.

Jesus e os galileus, que o seguiam, eufóricos e convictos de que toda aquela gente formigante estaria comungando com os seus objetivos messiânicos, entraram pela rua das Especiarias, onde, numa gritaria infernal, judeus se serviam de pequenos moinhos e pedras polidas, esmagando sementes picantes e odorantes, moendo cominho romano e armênio, pimenta da índia, preta e aromática, noz do Egito e da Arábia e raízes provindas de todas as partes da Palestina.

O populacho, surpreso, recuava dando passagem àquela procissão intempestiva de criaturas mal vestidas e empoeiradas, que faziam enorme alarido em torno do seu Mestre e o festejavam com folhas de palmeiras.

Os forasteiros mostraram-se algo admirados, certos de se tratar de alguma cerimônia regional, ou talvez grupos de participantes das festividades da Páscoa, que chegavam eufóricos, a ruidosa capital da Judéia.

Mas os cidadãos jerusalemitas riam e divertiam-se gostosamente, ao reconhecerem os galileus metidos em alguma aventura provinciana.

Enquanto o turbilhão passava, custando a findar, espremido nas ruas estreitas da cidade, quase fazendo desabar toldos, esteios, boiões e bilhas, caixas e fardos, os vendeiros pulavam balcões, mesas e estrados, berrando protestos e insultos, a fim de garantir suas mercadorias expostas de modo a atrair fregueses.

Mas os galileus passavam ruidosos, felizes e ingênuos, apanhando tâmaras, ameixas, figos ou beliscando cachos de uvas, deixando quase loucos de raiva os judeus dos bazares e quitandas.

Os que iam à frente, em torno de Jesus, abriam alas forcejando entre a multidão acotovelada no meio da rua e esparramada debaixo dos alpendres, toldos e interior das lojas, e que se chocava com a mole de galileus ruidosos e mais numerosa, que vinha à retaguarda, num crescendo de avalancha.

Tanto os que chegavam, como os que ali se achavam, espremiam-se entre os beirais, esteios e toldes das lojas; outros grupos, fazendo prodígios para não pisotearem cestos de frutas e legumes, não derrubarem caixas, fardos e pilhas de comestíveis; e acolá, monte de gente empurrada para as vielas mais despovoadas.

Depois da gritaria ensurdecedora, das pragas, insultos e lamentos do turbilhão produzido pela passagem dos seguidores de Jesus em marcha vigorosa, centenas de braços ficavam à retaguarda, sacudindo-se em ameaças, enquanto os galileus desapareciam na primeira curva da rua, xingados, empurrados, amarfanhados e alguns mal se refazendo dos socos e bofetadas dos vendeiros mais furiosos.

Atravessando então a rua dos Tecelões, e ainda derribando tapetes, peças de tecidos e rompendo as frágeis armações dos mostruários, a turba da Galiléia desviou-se da rua dos Ourives e orientou-se para a cidade alta, partindo para a zona aristocrática, a fim de alcançar a ponte que desembocava na praça do Templo.


Ramatís – “O sublime Peregrino”


.

SÓ DEUS BASTA!






Nada te perturbe, Nada te espante,

Tudo passa, Deus não muda,

A paciência tudo alcança;

Quem a Deus tem, Nada lhe falta:

Só Deus basta.

Eleva o pensamento, Ao céu sobe,

Por nada te angusties, Nada te perturbe.

A Jesus Cristo segue, Com grande entrega,

E, venha o que vier, Nada te espante.

Vês a glória do mundo? É glória vã;

Nada tem de estável, Tudo passa.

Deseje às coisas celestes, Que sempre duram;

Fiel e rico em promessas, Deus não muda.

Ama-o como merece, Bondade Imensa;

Quem a Deus tem, Mesmo que passe por momentos difíceis;

Sendo Deus o seu tesouro, Nada lhe falta.

SÓ DEUS BASTA!


Santa Tereza D'Ávila


.