JUDEU DA PALESTINA, CONSIDERADO PELOS CRISTÃOS COMO O MESSIAS
Judeu da Palestina, que viveu no séc. I de nossa era, fundador do cristianismo, considerado pelos cristãos como o Messias, Filho de Deus e Redentor da humanidade.
A principal fonte de que dispõem os historiadores sobre Jesus está nos quatro evangelhos, que, entretanto não constituem uma história propriamente dita de Jesus: são antes anúncio da fé.
Apesar disso, os traços essenciais de sua existência podem ser reconstituídos.
Seu nascimento, em Belém, situa-se antes da morte de Herodes, no ano 4 de nossa era; levado para Nazaré (Galiléia), berço de sua família, aí viveu com sua mãe Maria, e seu pai putativo, José, exercendo, provavelmente, a profissão de carpinteiro, a mesma de seu pai.
O início de sua atividade apostólica está ligado à de João Batista e deve situar-se por volta de 27-28 de nossa era.
A pregação de Jesus, designado por João Batista como o "Cordeiro de Deus", desenvolveu-se de início e durante muito tempo na Galiléia, em particular ás margens do lago Tiberíades.
A novidade da pregação cristã é a abolição das distinções que separam os homens e a existência do laço entre o amor a Deus e o amor ao próximo.
A sublimidade da mensagem de Jesus, transmitida em admiráveis discursos e parábolas, e também sua reputação de taumaturgo, provocaram inicialmente a adesão dos mais humildes: foi principalmente entre eles que Jesus escolheu seus apóstolos e seus discípulos.
Mas Jesus chocou-se com vários de seus contemporâneos, que consideravam sua mensagem politicamente perigosa.
Ele se opôs a chefes religiosos, fariseus, saduceus, etc., por causa de seu legalismo e concepção do messianismo.
Finalmente, após dois ou três anos de apostolado itinerante, ele foi vítima de uma coalizão entre dirigentes judeus e a autoridade romana, sensível àquilo que pudesse favorecer ao nacionalismo judeu.
Preso em Jerusalém, perto da Páscoa - provavelmente do ano 30 -, flagelado, Jesus foi crucificado como agitador público por ordem do procurador Pôncio Pilatos.
Após seu sepultamento, seus discípulos afirmaram tê-lo visto ressuscitado.
Essa ressurreição de Jesus pertence ao campo da fé. Como tal, ela é, ao mesmo tempo, um fato "transistórico" e um dogma que ainda continua a dividir crentes e não-crentes.
Larousse
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