PERGUNTA: - Porventura, Jesus não teria anatematizado a nossa vida material, ao demonstrar que só lhe interessava e era importante a vivência espiritual?
RAMATÍS: - Jamais o Mestre Jesus faria tal condenação, o que desmentiria a sua genial sabedoria e ternura espiritual.
Ele apenas procurou distinguir quanto à natureza transitória da existência material, em confronto com a eternidade e liberdade da vida espiritual.
Em sua pedagogia evangélica, ficou comprovado quanto à sensatez do homem usufruir da vida terrena como uma escola de aprimoramento moral e científico, jamais com o fim de satisfazer os instintos.
Assim como os alunos não devem apegar-se avaramente aos objetos e coisas que servem de base para a sua alfabetização, porque, caso não sejam reprovados, de nada lhes servem no ano seguinte; o espírito do homem também não deve imantar-se aos valores, tesouros materiais, cujo objetivo é favorecer provisoriamente para a sua educação e desenvolvimento consciencial na face dos orbes físicos, e os quais nada lhe significam na futura vivência angélica.
Embora salientando a importância de o espírito encarnado viver na matéria, aconselhou ao homem o estudo, a paciência, tolerância, humildade, o amor e o trabalho, acrescido de um serviço desinteressado aos seus irmãos, como os fundamentos específicos para a mais breve promoção angélica.
É de senso comum que ninguém pode alfabetizar-se na escola primária, caso despreze as lições dos professores, destrua compêndios e os instrumentos do seu aprendizado.
Embora insistindo sobre a superioridade da vida angélica, o Cristo-Jesus não desprezou nem condenou a existência humana na Terra, mas apenas distinguiu-a como um "curso transitório", funcionando como um meio e não como um fim.
Do livro: “O Evangelho À Luz Do Cosmo”
Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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