Para encontrar o Reino dos Céus, no qual a alma está em harmonia com a Realidade Divina, deve chegar um tempo em seu desenvolvimento no qual você não desejará ser atraído para as percepções e consciências terrenas nas quais vivem os seres humanos entre si.
Você ansiará por retirar-se completamente e dedicar-se a disseminar para os demais o seu próprio contato com a Divina Realidade.
Tenha o cuidado de não impor o seu caminho espiritual para os outros, estejam eles ou não no caminho espiritual.
Ao mesmo tempo, você deve preservar a sua própria serenidade e não permitir que outros se aproveitem de sua boa natureza.
Você deve claramente marcar seus limites entre o que é certo e errado, – evitar que o egoísmo dos outros invada a sua intimidade, o que provavelmente destruiria a sua paz de espírito.
Para garantir isso, não há necessidade de que sua consciência egocêntrica assuma o domínio novamente. Você pode proteger a sua intimidade pacificamente.
Você recebeu a inteligência para alcançar esse propósito necessário com o mais alto grau de AMOR.
Lembre que o edifício espiritual de vibrações de consciência que foi construído a partir de seu contato com a Realidade Divina e de seu modo diário de pensar, sentir e viver, é sacrossanto.
Tome cuidado para não ser preso novamente nas vibrações inferiores de pensamentos e reações dos outros.
O seu propósito mais elevado na Terra sempre é o de promover o BEM espiritual e terreno mais elevado para cada entidade viva – humana ou menor.
Não o faça pela descida ao nível vibratório daqueles que estão em necessidade, mas se existir a disponibilidade de escuta e aceitação, estenda a mão e ofereça a sabedoria que o conduziu ao seu santuário – o seu “santo dos santos” na mente, emoções e condições de vida.
Em caso contrário, guarde a sua paz.
A simpatia e a compaixão devem ser imparciais. A empatia o arrastará para baixo e envolverá suas vibrações de consciência espiritual no nível vibratório humano.
Isso possivelmente criará conflitos lá onde você tinha sinceramente a intenção de elevar e curar. Evite isso, pois diminuirá suas energias e derrotará seus propósitos espirituais.
O AMOR puro se interessa unicamente pela elevação e pelo progresso espiritual, pela cura e o alcance do “Reino dos Céus”.
O AMOR divino é um sentimento de compaixão calorosa – carregado principalmente com o anseio de capacitar o amado a crescer, criar, ser nutrido e nutrir, ser curado e curar, ser educado e educar, ser protegido e proteger, satisfazer suas necessidades e poder satisfazer a necessidade de outros, tudo em um sistema claro de lei e ordem.
Isso é o AMOR DIVINO/LEI em ação.
Quando o seu propósito mais elevado torna-se o Propósito Divino em ação, o ego, o núcleo de sua individualidade, é então controlado pela sua alma.
O impulso do ego torna-se o verdadeiro defensor e protetor de seu conforto pessoal, – porém agora trabalha inteiramente em harmonia com as diretrizes de sua alma, a qual extrai sua natureza da Realidade Divina.
Repito, não há sentimentalismo na Realidade Divina, nenhuma remoção dos limites que asseguram a lei e a ordem para agradar as exigências do egoísta, nenhuma “rendição” face a obstinação de alguns.
Sempre se deve ter em mente que TODAS as PESSOAS devem respeitar umas as outras.
Devem se respeitar os direitos dos outros à privacidade, segurança, paz de espírito e harmonia. Se surgirem diferenças elas podem ser tratadas com mútuo respeito.
Quanto mais evoluído espiritualmente você for, mais respeitará os altos e os baixos níveis sociais, considerando-os como iguais – “não diante dos olhos de Deus” como gostam de dizer os seres humanos, mas pela sua própria percepção espiritualizada da igualdade fundamental das almas de todos os seres.
O respeito e o AMOR DIVINO caminham unidos. O AMOR verdadeiro é altamente respeitoso com o ser amado.
Quando há respeito entre duas pessoas, isso frequentemente as leva às formas mais elevadas de amor.
Cristo, Carta 8
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