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quarta-feira, 15 de março de 2017

Jesus ansioso?







Há uma grande chance de você saber, mesmo que não seja cristão, de parte da vida de Jesus, especialmente quanto ao fato dele ter passado por inimagináveis momentos de dor física e emocional. 


Considerando que, sendo Deus, ele sabe todas as coisas e, portanto, sabia exatamente o que lhe sucederia, será que Jesus também lutava contra uma possível ansiedade?

A Bíblia ensina que Deus veio a nós como homem, personificado em Jesus, isto é, ele era totalmente Deus e totalmente homem. Este é um dos pontos sobre Jesus que torna a sua vida aqui na Terra um feito extraordinário. 

É uma suposição apenas, mas penso que sua vida de intimidade constante com Deus-Pai por meio de orações era uma de suas armas que impedia a ansiedade de destroçá-Lo emocionalmente.

Quero me concentrar num momento especial que talvez mostre um pouco disso. Mateus 26:36-45 retrata um momento em que, sabendo Jesus que a hora das terríveis dores se aproximavam, Ele, por alguns instantes, foi tomado por uma “tristeza mortal”:

Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”.

Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.

Disse-lhes então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”.

Mateus 26:36-38


A “arma” de Jesus era a oração, ou seja, uma conversa constante com Deus-Pai, porém, na situação descrita nos versículos acima, a percepção da proximidade da crueldade, pela qual passaria, foi tão forte que sua natureza humana não resistiu a angústia, caracterizada pela expressão “tristeza mortal”.

Aqui não se trata de ansiedade, pois ela também foi vencida durante toda a sua vida. Mas aquele momento foi demais para sua natureza humana e ele apresentou essa dualidade Deus/Homem no verso 41 do mesmo capítulo: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca“.

Evidentemente, Jesus pode ter experimentado durante sua vida momentos de ansiedade normais, como todos nós sabemos como é. Entretanto, não era algo patológico, ou recorrente, uma vez que sua forte proximidade com o Pai o blindava contra muitos males pelos quais a humanidade sempre sofreu e que, nos tempos atuais, parecem ter se intensificado.

Nas cenas narradas no capítulo 26 de Mateus, Jesus se retirou pra orar por três vezes consecutivas para fazer a mesma oração:

Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como Tu queres”.

Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, perguntou ele a Pedro.

“Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”.

E retirou-se outra vez para orar: “Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a Tua vontade”.

Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados.

Então os deixou novamente e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.

Mateus 26:39-44

Assim, ao analisarmos este momento de alta aflição, podemos compreender que por parte da essência humana ele angustiou-se tremendamente, mas por sua natureza divina suportou o assombroso tormento físico e mental por nossa causa.

Por fim, podemos responder que Jesus não era um homem ansioso – apesar de ter tido todos os motivos e razões para sê-lo. Contudo, nas horas finais, a fraqueza da carne não suportou a brutal carga de pressão fazendo-o experimentar, em nosso lugar, uma “tristeza mortal”!

Glória pra sempre ao Cordeiro de Deus! Obrigado, Senhor, por tão grande demonstração de amor!




Francisco Eliciano

https://infosol.me/2015/05/05/jesus-era-ansioso/



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