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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Caminho de Perfeição






Digo que muito importa, sobretudo, ter uma grande e muito decidida determinação de não parar enquanto não alcançar, sofra-se o que se sofrer, murmure quem murmurar, mesmo que não se tenham forças para prosseguir, mesmo que se morra no caminho ou não se suportem os padecimentos que nele há, ainda que o mundo venha abaixo.

E quantas vezes não acontece de ouvirmos dizer: “Há perigos”, “Fulana se perdeu por aqui”, “O outro se enganou”, “Aquele que rezava muito, caiu”, “Prejudicam a virtude”, “Não é para mulheres, pois podem sobrevir-lhes ilusões”, “Será melhor que vão fiar”, “Deixem de lado essas delicadezas”, “Basta o pai-nosso e a ave-maria”! 


(Caminho de Perfeição, cap. 21, 2)


(...)

A outra razão, muito relevante, é que a alma luta com mais ânimo, pois já sabe que, aconteça o que acontecer, não vai voltar atrás. 

É como alguém que está numa batalha e sabe que, se for vencido, não lhe perdoarão a vida, e que, se não morrer no combate, morrerá depois. 

Assim, peleja com maior determinação, querendo vender caro sua vida, como se diz, sem temer tanto os golpes, porque tem em mente que o importante é a vitória, pois dela depende a sua vida. 


(Caminho de Perfeição, cap. 23, 4


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