Que sei eu do Amor?
Sei eu amar como Tu nos amaste?
Sei eu, como Tu, olhar para o meu semelhante, com benevolência e misericórdia, e ver a luz do seu rosto carrancudo, ouvir a ternura das suas palavras ásperas, sentir a doçura dos seus gestos irados?
Que sei eu do amor?
Como posso ser fiel ao Teu mandamento de amar ao próximo se não me sei amar a mim mesma?
E se, para mim, sou trevas, como posso ser luz para os outros?
Planta no meu coração «a raiz do Teu amor, porque desta raiz só pode derivar o bem» e ensina-me a amar como Tu, Senhor.
Tira do meu peito toda a mesquinhez que me impede de «ser capaz de tudo desculpar, tudo crer, tudo esperar e tudo suportar» pois «ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou»
Ama e faz o que queres.
Quando silencias, que seja por amor;
quando falas, fala por amor;
quando perdoas, que seja por amor.
Haja em ti a raiz do amor,
porque desta raiz só pode derivar o bem.
(Santo Agostinho)
Retirado de:
“Renascer Do medo à confiança” Raquel Dias
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