Evangelho
Certa vez Jesus estava sozinho, orando e os discípulos chegaram perto dele, então ele perguntou: quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam: alguns dizem que o senhor é João Batista outros que é Elias e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
E vocês, quem vocês dizem que eu sou? Perguntou Jesus.
Pedro respondeu: Sois O Messias.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa; e continuou:
O Filho do Homem terá de sofrer muito, ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e mestres da lei, será morto e no terceiro dia, será ressuscitado.
(Lc 9,18-22)
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Comentário:
Um Messias que passa pelo sofrimento e pela morte?!
Trata-se do segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição.
É preciso não se deixar levar pelo entusiasmo e menos ainda pela euforia.
A admiração das pessoas por tudo o que ouviam e viam Jesus fazer não pode ser para os discípulos uma tentação que os disperse da novidade do messianismo vivido e revelado por Jesus.
Por isso, Jesus põe os seus discípulos de sobreaviso. É preciso não se deixar iludir pelas aparências nem seduzir pelo sucesso.
Jesus busca prevenir os discípulos contra qualquer tipo de equívoco a respeito de sua missão ou ilusões ligadas à sua pessoa.
Os discípulos não compreendem ou não podiam compreender, e, quem sabe, não queriam compreender.
A incompreensão dos discípulos mostra que eles, até certo ponto, partilhavam com seus contemporâneos uma ideia de Messias que não se coadunava com a realizada em Jesus de Nazaré.
A ideia de um Messias que tivesse que passar pelo sofrimento e pela morte não estava contemplada na esperança messiânica de Israel.
A comunidade primitiva teve que fazer um enorme esforço para justificar diante do judaísmo o fato de Jesus, proclamado como Messias e Senhor, ter sofrido a morte dos desgraçados.
Pe. Carlos Alberto Contieri
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Oração
Pai, dá-me a graça de considerar a paixão de Jesus a partir de teu modo de pensar.
Só então compreenderei que se tratou da prova máxima de fidelidade a ti.
Fonte: paulinas
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Amai os vossos inimigos
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque Ele faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
Jesus Cristo
Mateus 5:43-46
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Comentário:
A expectativa dos discípulos era semelhante à de todos os judeus da época, a de um messias que libertaria o povo judeu do império romano e criaria um estado poderoso.
O modelo deste estado era o reinado de Israel sob o rei Davi ao qual a tradição atribuíra grande prosperidade, glória e poder.
Jesus repreende os discípulos com sua humildade amorosa, pois Ele distanciava-se muito de tal concepção, antes exprimia a singeleza de sua condição humana identificando-se como Filho do Homem.
Os gestos de amor de Jesus tinham tal efeito transformador nas pessoas, que os possuídos pela ideologia política os interpretavam como gestos de poder.
Corre a imagem de um Jesus taumaturgo, um João Batista ou um antigo profeta ressuscitado, ou um Elias que voltou.
Se Jesus pretendesse se mostrar-se poderoso, destruiria seus inimigos como a Divindade no Antigo Testamento.
A opção pelo amor remove a competição pelo poder, a comunicação de vida pelo amor supera a destruição da vida pelo ódio e poder.
O poder comumente mata os que o ameaçam, porém o amor de Deus, sempre, garante a permanência na vida.
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Bendito seja O Pai, que nos reuniu no amor do Filho, Jesus, O Cristo! Amém!
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