"Ele esteve entre nós, e entre nós, certo dia,
Como a brisa do céu, nos falou com magia,
Sua voz sussurrava, era doce e macia,
Em parábolas de luz que em Sua alma tecia...
Levitou sobre o mar, quando o mar escarceia,
Pelas praias andou, sem pegadas na areia,
A ensinar multidões foi de aldeia a aldeia,
Acendendo no mundo a divina candeia...
Da suave Belém à orgulhosa Sião,
Derramou todo o mel de Seu bom coração,
Desprezado Pastor de um rebanho sem guia...
Caminhou pela rua onde, triste, eu morava,
Era o Filho de Deus que, entre os homens, passava,
Eu, porém, não sabia...eu, porém, não sabia...
(Mário Frigéri)
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